Sayin' a prayer for the desperate hearts tonight.

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Louis decidiu fazer uma tatuagem quando, em uma noite qualquer ele ficou por quase dez minutos inteiros olhando para a tatuagem de pássaros que Harry tinha desenhada em seu peito.

Ele havia ido, como sempre, levar o jantar de Harry e se deparou com o mesmo usando apenas aquela calça cinza de moletom, sem blusa alguma. Ele então perguntou se Harry não queria que ele fizesse um suco ou algo para ele tomar e se aquilo era uma desculpa para passar um pouco mais de tempo ali, Louis nunca iria admitir.

Harry sentou na cadeira, de frente para Louis, enquanto o adolescente o observava comer. Claro que essa era a última coisa que Louis estava fazendo, na verdade. Seus olhos estavam concentrados no peitoral do fotógrafo, vidrados. Talvez eles estivessem até brilhando, mas Louis não iria admitir aquilo também.

Ele decidiu que queria um desenho permanente em si também. Algo que ele pudesse se orgulhar quando olhasse, algo que carregaria para o resto da vida e jamais se arrependeria.

Então lá estava ele, sentado na cadeira do estúdio de Zayn. Tamborilando os dedos pela mesma, esperando impacientemente por ele.

Zayn olhou o relógio pela milésima vez naquela noite.

- São quase oito horas, Louis. Ele não vai vir. - ele disse baixo, Louis parecia que iria começar a chorar a qualquer momento e ele sequer havia feito algo ainda. Nem mesmo o rascunho da tatuagem já que a criança se recusava a dizer o que iria tatuar.

- Ele já está chegando. - Louis murmurou pra si mesmo, fechando os olhos. - Ele disse que iria vir.

De alguma forma, ele sabia que não teria coragem de fazer aquilo se Harry não estivesse ali. Era estúpido e quase inacreditável, mas de um jeito muito estranho, Harry o inspirava confiança e fazia com que ele tivesse coragem. Ele precisava que Harry estivesse ali para segurar sua mão e afastar a dor.

- Ele não disse isso. - Zayn pontuou, respirando impaciente. Estava cansado e doido para ir embora e dormir. - Vou ligar pra ele.

- Não. - Louis disse desesperado, abrindo os olhos imediatamente e encarando o moreno. - Ele já está chegando. Você não pode esperar mais um pouco? Não é como se você tivesse muita coisa pra fazer mesmo.

O queixo de Zayn caiu. - Você não sabe nada da minha vida, garoto.

Louis revirou os olhos. - Você vai chegar em casa, comer alguma coisa congelada e então provavelmente se tocar e pegar no sono. - Louis listou, o rosto corando suavemente quando ele falou sobre Zayn se tocar. O próprio moreno o havia contado sobre aquilo, então ele sempre jogava na sua cara quando necessário. - Não haja como se sua vida fosse muito interessante.

- É mais do que a sua. - Zayn respondeu, contrariado. - Eu vou matar o Harry quando ele chegar.

- Apenas cale a boca.

Eles esperaram Harry por mais ou menos vinte minutos. No espaço de tempo, eles brincaram de jogo da velha e bem, Louis ganhou todas as partidas porque Zayn era simplesmente a pior pessoa do mundo naquele jogo. Ele praticamente entregou todas as vitórias para Louis de mão beijada. Era ridículo.

Eles estavam concentrados demais no jogo para notarem quando a porta da frente do estúdio bateu e Harry entrou. O fotógrafo deu duas batidinhas na porta da sala de Zayn antes de abrir a mesma.

- Finalmente, porra. - Zayn gritou, pegando o papel em que ele e Louis estavam brincando e o amassando. - Vamos terminar logo com isso. Louis, senta direito. - ele o instruiu.

- Desculpa a demora. - Harry disse, tirando o casaco e o jogando sobre o sofá. Ele tinha a aparência muito cansada, e Louis quase podia dizer que ele havia envelhecido alguns anos em poucas horas.

TIME LAPSE | l.sWhere stories live. Discover now