My soul slides away, but 'don't look back in anger' I heard you say.

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Olá! Quanto tempo, huh?

Bem, longo capítulo e longas notas hoje, sinta-se a vontade para passá-las, se quiser.

Primeiro de tudo, esse capítulo pode conter gatilhos caso você tenha lutado contra câncer, ou tenha tido qualquer contato com a doença através de amigos, familiares e etc. Então, por favor, não leia se isso vai te fazer se sentir desconfortável. É um capítulo importante mas não vai interferir na compreensão da fic caso você pule. Apenas saiba que o Harry vai fazer a cirurgia e iniciar as sessões de quimioterapia. É isso, se for o seu caso de pular, nos vemos no próximo capítulo!

Pra quem ficou: saibam que não sou da área da saúde. Tudo o que eu relato aqui são coisas que aprendi no meu curso, pesquisei no Google e vivi quando minha avó teve câncer, então, se tiver algo que não condiz com a realidade, vamos só seguir em frente, ok?

Agora, a personalidade do Harry é essa, ele é uma pessoa mais fechada e a linguagem de amor dele não é com palavras, ele tem dificuldade de demonstrar sentimentos, emoções, enfim. Gostaria que vocês tentassem entender isso e aceitassem a forma como eu construí o personagem.

Por último, se vocês quiserem ter a experiência completa lendo esse capítulo, eu recomendo que ouçam a playlist da fic durante a leitura.

É isso, boa leitura.

xx

Harry odiava hospitais.

A última vez que ele ficou por mais de uma hora naquele ambiente frio e cheio de gente doente fora há alguns anos atrás quando ele deu um mal jeito nas costas durante a faculdade e não conseguia se mexer direito.

Enfiaram uma agulha enorme nos seus braços pra diminuir a dor e ele ficou olhando para o nada, como um idiota por quase duas horas seguidas enquanto procuravam o que diabos estava errado com ele.

Aquele sentimento de estar nas mãos de outras pessoas não era algo que ele gostava. Foda-se que eles estudaram anos para aquela merda, Harry queria ter o controle da sua própria vida.

Ele queria decidir quando ele iria levantar da cama e quando iria voltar pra ela; o que ele ia comer; quem entraria e sairia do seu quarto.

E tudo o que ele menos tinha naquele momento era controle.

O fotógrafo acordou se sentindo sonolento e um pouco confuso, sua visão embaçada pela luz clara do quarto e vozes ao fundo que ele não conseguia identificar. Ele sentou na cama com um pouco de dificuldade, tentando se livrar daquelas merdas de soro que estavam enfiadas até no seu cu.

O doutor Ian conversava com as enfermeiras e anotava alguma coisa numa prancheta enquanto coçava os cabelos brancos.

A única coisa que ele perguntara a Harry desde que acordava, foi se ele estava sentindo alguma coisa.

E merda! Harry estava sentindo tudo naquele momento.

O fotógrafo tentou se ajeitar o mais confortável possível na cama macia demais e esperou até que estivesse menos gente na sala e o burburinho se acalmasse. Ele limpou a garganta, chamando a atenção do médico.

- Então, e agora? - ele questionou apreensivo.

O velho passou o olhar sobre os papéis uma vez mais e se aproximou, observando os equipamentos ao lado da cama.

- Bem, fizemos todos os exames necessários e o que era mais importante, a ressonância magnética. Seu acompanhante nos deu permissão, aqui está sua assinatura. Zayn Javadd Malik. - ele mostrou o documento a Harry como se para comprovar sua verdade. - Confirmamos que você tem um tumor cerebral, felizmente é benigno e de fácil acesso.

TIME LAPSE | l.sWhere stories live. Discover now