Capítulo XIV

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                        (Lucas)

   — Lucas, você está sozinho? —.
Aquele imbecil ainda estava na minha frente, eu queria não dirigir palavras a ele, mas ele invadiu meu espaço.

   — É da sua conta? —. Respondi seco, e o mais grosso possível.

   — É que você sempre vem aqui, e eu também, então eu pensei... —. Ele só podia achar que eu era burro para cair naquela conversa dele.

   — Tem seu nome na fachada?! Eu não vi, não sabia que a boate era sua —. Falei me fingindo de sonso, minha maior habilidade.

   — Lucas, eu só quero te fazer companhia —. Qualquer outra pessoa que escutasse nossa conversa, pensaria que eu estava agindo errado e sendo idiota. Mas aquele era Jonas.

   — Eu não quero sua conta companhia —.

   — Garoto, deixa de ser tão arrogante. Estou fazendo o favor de, não deixar um cara ridículo como você sozinho por aí. E você ainda me trata desse jeito — Ele mostrou sua verdadeira face, era só eu forçá-lo que aparecia — Então deixa de ser otário, porque você nunca vai achar alguém como eu por aí, sabe por quê? Por que você é ridículo —. Sua cara nojenta, me dava vontade de socá-la.

    — Quem é esse cara Lucas? Ele tá te incomodando? —. Danilo finalmente chega, com duas taças na mão. Seu olhar era intimidador, como um alerta de “não se aproxime”.

  Eu fui até Danilo, e lhe dei um beijo bem quente, só para mostrar para Jonas, o que eu consegui. E também para esfregar na sua cara, que ele não era nada perto do Danilo.

   — Ele tá te incomodando? —. Danilo perguntou novamente ao cessar o beijo. Olhei para Jonas, e ele me estava pálido de medo, ao mesmo tempo de queixo caído.
Eu dei um sorriso sínico para ele e falei:

   — Está! —.

   Danilo então joga a bebida que estava nas duas taças na cara dele. Me entrega elas, e agarra seu pescoço só com um braço.

   — Olha seu magricelo. Se eu ver você perto dele de novo, eu não vou ter pena de você como estou tendo agora —. Danilo apertava tanto o seu pescoço que ele estava roxo.
  
  Eu sentiria pena se fosse qualquer um outro, mas era o Jonas, então por mim Danilo o esganava.

   Danilo o solta, arremessando-o no chão, todos ali perto olhavam perplexos aquela cena.

   Jonas se levantou, colocou a mão no pescoço, olhou para mim rapidamente e foi embora da festa.

   — Você está bem? —. Me pergunta levando a mão ao meus cabelos.

   — Estou —. Falei dando sua recompensa, um beijo bem dado em meio aquela multidão.

   Dançamos, nos beijamos, e aproveitamos bem a festa. De vez em quando eu via um olhar de inveja, por parte de algumas garotas e garotos, que ficavam de queixo caído ao ver meu policial.

    — Quero terminar a noite com você em um lugar mais reservado —. Me falou ao ouvido. Já estava de madrugada com certeza. Então acabei cedendo, pois eu estava louco por aquele homem.

   Ele segurou minha mão, e fomos juntos para fora da festa, e caminhamos para sua moto.

   — Não é perigoso beber e dirigir? —.

   — Eu nem bebi —. Lembrei da margarita que foi desperdiçada no frangote do Jonas.

   — Tudo bem então —. Falei subindo na garupa.

                     (Danilo)

   Terminar aquela noite, com Lucas em cima do meu corpo seria fantástico. Ele agarrava bem meu abdômen, enquanto eu dirigia, fazendo um pouco de cócegas.

   — Chegamos —. Falei ao parar na frente do prédio em que eu morava. O porteiro abriu o portão, e então podemos entrar.

   No elevador lhe dei centenas de beijos, colocando-o contra a parede. Eu já estava louco para ir para cama com ele. E aqueles beijos só me deixavam mais faminto.

   O elevador abriu, e então fomos em direção a minha casa. Peguei a chave, e a abri.

   Lucas entrou e ficou olhando cada detalhe da decoração bagunçada.

   — Não vai olhar a bagunça —. Falei fechando a porta.

   Lucas foi até a estante e ficou olhando as fotos de quando eu era mais novo. E também as fotos com meus pais.

   Cheguei por trás, e o abracei, mordendo sua orelha. O deixndo arrepiado.

   — Você era lindo quando era mais novo —.

   — Quer dizer que sou feio agora? —. Brinquei com ele, para ver sua reação.

   — Agora você é um gostosão, sarado, peludo, e bem grande lá embaixo. Então você é ainda mais lindo assim —.

   — Ah bom. E eu acho que você está falando demais —. Digo o suspendendo em meus braços. Suas pernas envolvem meu quadril.

  O levo até meu quarto, que não era muito longe. E me deito com ele na minha cama.

   Entre beijos, eu tiro sua roupa, o deixando completamente desnudo.

    — Sabe o que o Jonas me disse naquela hora? —. Ele estraga o clima para falar do frangalho.

   — O quê? —.

   — Que por eu ser ridículo, jamais encontraria alguém melhor que ele. Te vendo assim desse jeito, só tenho certeza que sim encontrei alguém melhor que ele. E melhor que qualquer pessoa do mundo —.

   Seu sorriso era encantador, e suas palavras ainda mais. Cada segundo com ele me deixava mais viciado em seu toque, seu beijo, presença.

   — Pra mim você é tudo também —. Eu tinha um pouco de dificuldade de expressar meus sentimentos. Poderia parecer que não, mas eu possuía sentimentos.

  Ele sorri. Seus perfeito cabelos agora estavam desarrumados, de uma maneira linda.

   Era a primeira vez em muito, muito tempo, que eu não dormiria só em casa. Aquele lugar remetia solidão, mas com Lucas e seu colorido cabelo, ele ficava muito mais alegre.

   Eu retiro minha camisa, e automaticamente Lucas beija meu peitoral. Seus olhos estavam em chamas, assim como seu corpo que estava quente.

 
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.  

Fardado [+18]Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ