Capítulo XXXVII

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                       (Lucas)

   Hoje era um dia importante, eu iria até o salão, e pediria uma vaga de emprego. O pessoal me conhecia bem, e eu tinha experiência em algumas coisas, como fazer unha. Eu só queria ajudar o Danilo na nossa renda, pra sairmos logo desse lugar. Eu tenho tanto medo que alguém mate o meu amor. Esse seu trabalho é muito perigoso.

   Me arrumei, ainda era cedo, geralmente eu me acordava às dez da manhã. Danilo era tão fofo que fez meu café da manhã, não sei o que fiz para merecer um homem daqueles.

   Entrei no salão, e pedi para falar com o gerente. Logo fui recebido por ele.

   — Lucas! Quanto tempo! Como vai a Joana? —. Eu me sento, e fico lhe encarando.

   — Bem, só um pouco inchada, diz ela —.

   — E você, quer falar comigo? Posso te ajudar? —.

   — É que, eu vi que vocês estão atrás de alguém, então queria ver se não tem como eu ocupar —. Eu estava nervoso, nunca trabalhei na minha vida, ainda mais tinha muitos motivos para ele não me contratar.

   — Bem, tem a vaga da Joana, mas ela e um cara gostosão estiveram aqui dizendo que não voltaria, então podemos testar, se passar a vaga é sua —.

  — Tudo bem —. Sorrio aliviado. Eu sabia mexer com cabelo, cuidar do meu era difícil, eu também cuidava do cabelo do Danilo.

                     (Danilo)

   Fiquei feliz pelo meu príncipe ter gostado dos meus planos, agora que ele concordava, eu vou me empenhar muito mais. Para sair desse lugar, e poder aproveitar o resto dos meus dias com o meu amor.

   Ultimamente tudo estava indo bem, o maldito parecia ter desistido da sua ideia estapafúrdia de tirar meu príncipe de mim. Mas continuo de olho, não vou deixar ninguém, ninguém, chegar perto do meu amor.

   — E você garanhão? Você também está animado para se mudar? Prometo arranjar uma égua pra você, linda —. Falo com o meu melhor amigo, ele estava calmo ultimamente, como tudo ao nosso redor.

   Mesmo tudo estando bem, alguma coisa me dizia que aconteceria algo de grande. Só espero que não seja mal. Nada de localizarmos o traficante, ele parecia ter se escondido muito bem.

   Meu celular vibrou, alguém estava me ligando, atendi e era o meu amor.

   Meu celular vibrou, alguém estava me ligando, atendi e era o meu amor

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   — Lindão? —. Falou com uma voz animada.

   — Oi lindo —. Era um deleite receber uma ligação sua durante o trabalho.

   — Consegui, vou trabalhar —. Falou baixinho. Fiquei feliz, mas também um pouco triste, Lucas não nasceu para trabalhar em algo como isso.

    — Parabéns amor, de noite vamos comemorar, pode ter certeza —. Falei.

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