Capítulo XXXV

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                 (Danilo)

   — Como é que deixam um terrorista daquele escapar? —. Grito irritado, nesse momento me descontrolo socando a parede.

   — Calma Danilo tem homens atrás dele —.

   — Calma? Como é que vou ter calma — Esbravejo — Eu peguei um tiro pra prender aquele marginal, pra depois soltarem ele assim dessas maneira —.

   — Você suspeita de ajuda interna? —.

   — Eu não sei de nada, não suspeito de nada, só quero trabalhar sem ser preciso arriscar minha vida —. Aquele desgraçado, ele quase me mata e fica livre assim tão fácil. Claro que teve ajuda de alguém da cadeia, a milícia e forte nesses lugares.

   — Vamos cercar o morro, não deixaremos ele entrar —. Meu chefe diz pegando seu telefone.

   — Eu vou voltar a escovar o Blanco —. Digo ficando mais calmo.

   — Dispensado major! —.

   Saio daquela sala, dou de cada com o Silva, que iria entrar na sala. Trocamos um olhar rápido, ele estava sério, e um pouco diferente.

   Ao ar livre olho para o céu, ele estava tão azul, respirei fundo, e fui de volta para junto do meu melhor amigo.

   — Oi garanhão, viu só como tenho azar? —. Aquele seu olhar calmo, me transmite paz.

   — Danilo, viatura, localizamos o traficante, Major Telma vá com ele. Silva com Siqueira vão—. Meu chefe berra. Na polícia era assim, às vezes estava tudo calmo, outras vezes era guerra. Pelo menos dessa vez não era com o Silva.

   Dei adeus ao meu garanhão, e fui para a viatura, com aquele fuzil enorme e com colete a prova de balas. Pensei em ligar para Lucas, mas acho que lhe daria muita preocupação. E tenho a impressão de que dessa vez ficaria tudo bem. Blanco ficou calmo, isso significa que tudo ficará bem.

                   (Lucas)

    E lá ainda estava eu no shopping, acompanhando Joana na compra de seu enxoval de bebê. A mãe de Rodolfo brigou com Joana pela cor da roupa da bebê.

  — Verde é cor de menino —. A senhora diz mostrando a roupinha rosa.

  — Eu uso azul, rosa, amarelo, até preto. Por que minha filha não pode também? —. Joana fala irritada, eu conheço ela acho que não falou palavrão ainda por respeito a sua mãe.

  — Vamos pelo menos levar umas peças rosas —.

  — Tudo bem, mas não tudo, eu vi um conjunto lindo ali —.

  Rodolfo vinha mais atrás junto de mim, acho que estávamos ali só para ouvir os barracos.

   — Ansiosa para a filha? —.

   — Eu estou é com medo! —. Falou rindo. Em seguida pegou uma coisa da prateleira e mostrou para mãe dele. Ela balança a cabeça.

   — Medo de quê homem? —.

   — Medo de não ser um pai e marido que elas merecem —. Rodolfo era enorme, mas tinha ainda um coração muito imaturo.

   — Relaxa amigo, a Joana gosta de você, ela só é meio assim, machona, mas ela te ama. E Elisa com certeza vai te amar —.

   — Obrigado, e você e o Danilo quando vão ter o de vocês? —.
Naquele momento fico um pouco desconfortável com aquela pergunta.

   — Espero que nunca —. Falo para logo em seguida me arrepender, Rodolfo me olha um pouco estranho.

  — Me desculpa me expressei mal, você todo feliz por ser pai, e eu aqui desfazendo —.

  — Tudo bem, até a Joana falava isso antes da gravidez —.

                          •••

   Resumo da tarde, a mãe da Joana comprou quase toda a loja, coitado do marido dela. Quase não cabe tudo no carro. Mesmo com as discussões, tudo mundo sorria dentro do carro.

   Eles primeiro vão me deixar em casa, e depois vão embora. Subo as escadas, e vou para o chuveiro, me arrumar para ir para faculdade.

                   (Danilo)

   A operação fracassou, perdemos o rastro do tal Mosquito. Ele estava a solta novamente, escondido até que cometesse algum crime.

   Recebi folga, fui direto para casa, era cedo, então eu ficaria o começo de noite inteiro sozinho. Sem meu lindo. Minha cabeça estava fervendo, ódio misturado com indignação.

   Meu trabalho era fazer valer a lei, mas a lei era falha ao nível de deixar uma espécie como o traficante fugir. Eu não era nem um pouco otimista com o futuro, meu trabalho me mostrava que quanto mais se vivia mais você queria morrer.

   Meu alento está em um garoto jovem e alegre, que eu cheio de sonhos e esperança. Se eu pudesse já teria deixado de trabalhar, embarcaria em uma coisa mais segura, sem tantos riscos. Se mudar desse inferno, já estive em lugares no campo, lugares onde eu poderia viver feliz, com Blanco e Lucas.

   No chuveiro, tentei esquecer um pouco dos problemas do meu trabalho. Em casa eu não precisava ficar tão grilado, eu estava seguro, e muito bem cuidado.

   Sentando no sofá, assistindo a um jogo, cheguei a conclusão que não conseguia ficar muito mais tempo sozinho naquele lugar. Era como se aquele lugar fosse uma prisão.

   Hoje eu inverteria um pouco a rotina, sempre era bom mudar alguma coisa na relação. E mesmo Lucas sendo pé no chão, ele sempre merecia o melhor.

                    (Lucas)

   Abro a porta já apressado para me deitar e descansar, mas sou surpreendido pelo Danilo me abraçando quando entro.

   — Boa noite amor —. Ele diz e em seguida me beija.

   — Boa noite! Chegou cedo, o que aconteceu? —. Perguntei muito feliz, e envolvo seu corpo com meus braços.

   — Problemas, mas nada muito importante —. Ele me leva para nosso quarto, e me coloca devagar na nossa cama.

   — Eu estava com saudades —. Falo, passando a mão no seu cabelo.

   — E eu estava morrendo de saudades —. Danilo estava um pouco estranho, mas não quis tocar no assunto naquele momento.

   — Então vem cá que eu tenho uma coisa para você —. Chamo com o dedo, e ele obedece feito um cachorrinho.

   — O quê? —. Ri.

   — Isso —. Faço-lhe cócegas e ele ri.

    Meu celular, toca era Joana, então atendo imediatamente, Danilo revira os olhos, e deita a cabeça nas minhas coxas.

   — Oi linda! —.

   — Amor você viu o jornal? O tal  Mosquito que o Danilo prendeu  fugiu —.

   — O quê? —. Fico surpreso, e olho para Danilo que me olhava preocupado. Era isso que ele me escondia. Por isso estava tão estranho.

   — Isso é verdade amor? —.

   — Infelizmente amor —.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO

  

  

 

 

  

  

  

 

Fardado [+18]Where stories live. Discover now