Afonso acordou determinado a dar o seu melhor para impressionar o rei. O mordomo o auxiliou na escolha de uma roupa que agradasse o casal real a primeira vista.
Alessa veio até o quarto para ver como ele estava.
Quando ele a viu entrar, foi logo perguntando. — Como eu estou? A condessa acha que eu agradarei o rei?
— Claro! Você está muito bonito. Fique tranquilo, qualquer um pensará que es um nobre de fato.
— Será mesmo?! — Ele tentava melhorar a sua aparência.
Ela o olhou de cima a baixo, deu um sorriso. — Se já terminou, podemos ir agora? A viagem não é tão longa, mas quanto antes chegarmos, você aproveitará melhor o dia.
— Sim Lady. — Ele pegou uma bengala e disse: — Agora eu estou pronto!
— Bobo! — Respondeu ela rindo de suas gracinhas.
Durante toda a viagem ele estava ansioso, mas procurou manter se calmo apreciando a paisagem e conversando com ela. O trajeto para o castelo passou rápido, porque ele tinha muito assunto interessante para falar.
Alessa realmente o admirava por estas e outras qualidades.
— Olhe para você...
— O que houve? — Ele procurou algo de errado nele.
— Afonso! Não há nada de errado com você. Eu sei que você está nervoso. Lembre se que eu estou aqui e sou muito amiga do rei. Não se preocupe tanto!
— Às vezes me pego pensando no quanto eu sou sortudo em ter te conhecido condessa. E temo em um dia esta sorte acabar.
— Não seja bobo. Com os seus talentos... Nunca!
Afonso olhou para o lado, desviando o olhar dela, encabulado com o que ela disse. Foi quando ele avistou o castelo e ficou maravilhado com tamanha beleza.
Ela confirmou o fim da viagem. — Chegamos Afonso! A partir de agora será apenas você e o rei.
— Você me enganou! Não faz muito tempo me disse que estaria comigo sempre.
Ela era só alegria e ria de tudo o que ele fazia.
A carruagem entrou na propriedade. Ele desceu primeiro e a ajudou a descer em seguida.
Assim que entraram no pátio principal, um criado veio recebe-los, eles foram levados à presença de sua majestade. Como era de se esperar o rei os recebeu com muito entusiasmo.
— Sejam bem vindos meus filhos! Eu estava ansioso pela chegada de vocês.
— Nós também majestade. — Quando Alessa reverenciou o rei, Afonso fez o mesmo.
— Alessa, é este o jovem de quem você me falou?
— Sim vossa majestade.
Nervoso, Afonso se apressou em se apresentar. — Majestade! Afonso, seu servo. É um imenso prazer poder estar aqui. — E se curvou.
O rei sorrio. — Bem como tu dissestes, Condessa. Parece-me um nobre a primeira vista. O que mais lhe falta meu jovem?
O rei pediu a ele que se aproximasse gesticulando com a mão. — Gostei de você! — Ele colocou a mão no ombro de Afonso, deu uma boa gargalhada e os convidou para sentar-se em outro lugar.
— Vamos para outra sala, conversamos melhor se estivermos todos comendo confortavelmente.
Ao chegarem a tal sala a rainha já se encontrava lá, dando ordens aos criados que arrumavam a mesa do chá.
— Minha menina! Que saudades eu senti de você.
— Majestade só se passou cinco dias desde que eu estive aqui.
— Para mim foram semanas.
Alessa pegou Afonso pelo braço. — Veja o que eu lhes trouxe majestade. Mais um filho para vocês cuidarem.
A rainha estendeu a sua mão. — Qual o seu nome meu jovem?
Afonso se curvou pegando a na sua mão beijando-lhe o dorso. — Afonso, majestade. Estou encantado com tamanha beleza. — De fato, para uma senhora com quase sessenta anos, ela era muito bonita.
— Quem mais me elogiaria assim se não um bom filho. — A rainha ficou satisfeita com ele a primeira vista.
Passaram um dia muito agradável na companhia uns do outros.
Alessa os observava o tempo todo, seu coração estava transbordando de alegria, por saber que tudo o que ela mais desejava estava prestes a se concretizar.
O rei gabava o rapaz o tempo todo. Assim Afonso conseguiu conquistar o coração do velho rei.
No fim da tarde antes de eles irem embora, durante um passeio no jardim, o rei expressou o seu apresso pelo jovem.
— Condessa. Este jovem é realmente uma pedra bruta a ser lapidada, você tem o meu apoio. Vamos prepará-lo para a nomeação.
— Sim Majestade! Muito obrigada.
Afonso ficou surpreso. — Assim, tão rápido!
— Mas quero algo em troca. — O rei falou com um olhar sapeca.
Alessa olhou para o jovem e sorriu dando-lhe a sua aprovação.
— Tudo o que desejar majestade. — Disse Afonso se mostrando fiel a sua vontade do rei.
— Se quer mesmo assumir esta responsabilidade. Deve se preparar. Há muito o que aprender.
— Sim senhor. — Afonso gostou tanto do rei, que estava disposto a qualquer coisa para agradá-lo também. Já Alessa ficou curiosa com o que mais o rei queria de Afonso.
— Vou lhe fazer uma oferta irrecusável. Prepare-se para morar aqui no castelo.
— Hã!
— Até o dia de seu casamento com a condessa eu quero que fique aqui. Você será responsável por fazer me companhia, enquanto aprende coisas que a condessa não poderá lhe ensinar.
— Claro meu senhor.
— Eu certamente precisava de alguém como você para alegrar os meus dias.
— Majestade. — Disse Alessa. — Deixarei Afonso aqui a partir de hoje. E mandarei os seus pertences assim que possível.
O rei olhou para o jovem. — Se ele não se opor, farei muito gosto. Alessa.
— Claro que não, vossa majestade. Como posso recursa me a um desejo seu. — Afonso gostou da ideia que ela teve.
Alessa retornou para a mansão sem o jovem Afonso. Agora ela tinha certeza de que tudo estava no rumo certo. Lá Afonso iria aprender na prática, muitas coisas referentes à administração de suas terras. Conhecer pessoas influentes, e até mesmo, quem sabe, viajar na companhia do rei para muitos lugares além mar.
Foram quase dois anos, até que ele fosse considerado pelo rei, preparado para receber o título de conde.
YOU ARE READING
O Fabricante de Bonecas (Finalizado)
RomanceUm rei bom, um reino promissor, lindas filhas. O que poderia dar errado? Mas deu! Descubra como um simples fabricante de bonecas conseguiu salvar o rei e casar-se com sua filha mais velha. Obrigada por lerem! Nota: Por favor deixe o seu comentário...