27- Conhecendo o rei!

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Afonso acordou determinado a dar o seu melhor para impressionar o rei. O mordomo o auxiliou na escolha de uma roupa que agradasse o casal real a primeira vista. 

Alessa veio até o quarto para ver como ele estava.

Quando ele a viu entrar, foi logo perguntando. — Como eu estou? A condessa acha que eu agradarei o rei?

— Claro! Você está muito bonito. Fique tranquilo, qualquer um pensará que es um nobre de fato. 

— Será mesmo?! — Ele tentava melhorar a sua aparência.

Ela o olhou de cima a baixo, deu um sorriso. — Se já terminou, podemos ir agora? A viagem não é tão longa, mas quanto antes chegarmos, você aproveitará melhor o dia.

— Sim Lady. — Ele pegou uma bengala e disse: — Agora eu estou pronto!

— Bobo!  — Respondeu ela rindo de suas gracinhas.

Durante toda a viagem ele estava ansioso, mas procurou manter se calmo apreciando a paisagem e conversando com ela. O trajeto para o castelo passou rápido, porque ele tinha muito assunto interessante para falar.

Alessa realmente o admirava por estas e outras qualidades. 

— Olhe para você...

— O que houve? — Ele procurou algo de errado nele.

— Afonso! Não há nada de errado com você. Eu sei que você está nervoso. Lembre se que eu estou aqui e sou muito amiga do rei. Não se preocupe tanto!

— Às vezes me pego pensando no quanto eu sou sortudo em ter te conhecido condessa. E temo em um dia esta sorte acabar.

— Não seja bobo. Com os seus talentos... Nunca! 

Afonso olhou para o lado, desviando o olhar dela, encabulado com o que ela disse. Foi quando ele avistou o castelo e ficou maravilhado com tamanha beleza. 

 Ela confirmou o fim da viagem. — Chegamos Afonso! A partir de agora será apenas você e o rei.

— Você me enganou! Não faz muito tempo me disse que estaria comigo sempre.

Ela era só alegria e ria de tudo o que ele fazia.

A carruagem entrou na propriedade. Ele desceu primeiro e a ajudou a descer em seguida.

Assim que entraram no pátio principal, um criado veio recebe-los, eles foram levados à presença de sua majestade. Como era de se esperar o rei os recebeu com muito entusiasmo. 

— Sejam bem vindos meus filhos! Eu estava ansioso pela chegada de vocês. 

— Nós também majestade. — Quando Alessa reverenciou o rei, Afonso fez o mesmo.

— Alessa, é este o jovem de quem você me falou?

— Sim vossa majestade. 

Nervoso, Afonso se apressou em se apresentar. — Majestade! Afonso, seu servo. É um imenso prazer poder estar aqui. — E se curvou. 

O rei sorrio. — Bem como tu dissestes, Condessa. Parece-me um nobre a primeira vista. O que mais lhe falta meu jovem? 

O rei pediu a ele que se aproximasse gesticulando com a mão. — Gostei de você! — Ele colocou a mão no ombro de Afonso, deu uma boa gargalhada e os convidou para sentar-se em outro lugar. 

 — Vamos para outra sala, conversamos melhor se estivermos todos comendo confortavelmente.

Ao chegarem a tal sala a rainha já se encontrava lá, dando ordens aos criados que arrumavam a mesa do chá.

— Minha menina! Que saudades eu senti de você.

— Majestade só se passou cinco dias desde que eu estive aqui.

— Para mim foram semanas.

Alessa pegou Afonso pelo braço. — Veja o que eu lhes trouxe majestade. Mais um filho para vocês cuidarem.

A rainha estendeu a sua mão. — Qual o seu nome meu jovem?

Afonso se curvou pegando a na sua mão beijando-lhe o dorso. — Afonso, majestade. Estou encantado com tamanha beleza. — De fato, para uma senhora com quase sessenta anos, ela era muito bonita.

— Quem mais me elogiaria assim se não um bom filho. — A rainha ficou satisfeita com ele a primeira vista. 

Passaram um dia muito agradável na companhia uns do outros. 

Alessa os observava o tempo todo, seu coração estava transbordando de alegria, por saber que tudo o que ela mais desejava estava prestes a se concretizar. 

O rei gabava o rapaz o tempo todo. Assim Afonso conseguiu conquistar o coração do velho rei.

No fim da tarde antes de eles irem embora, durante um passeio no jardim, o rei expressou o seu apresso pelo jovem. 

— Condessa. Este jovem é realmente uma pedra bruta a ser lapidada, você tem o meu apoio. Vamos prepará-lo para a nomeação. 

— Sim Majestade! Muito obrigada.

Afonso ficou surpreso. — Assim, tão rápido!

— Mas quero algo em troca. — O rei falou com um olhar sapeca.

Alessa olhou para o jovem e sorriu dando-lhe a sua aprovação.

— Tudo o que desejar majestade. — Disse Afonso se mostrando fiel a sua vontade do rei.

— Se quer mesmo assumir esta responsabilidade. Deve se preparar. Há muito o que aprender. 

— Sim senhor. — Afonso gostou tanto do rei, que estava disposto a qualquer coisa para agradá-lo também. Já Alessa ficou curiosa com o que mais o rei queria de Afonso.

— Vou lhe fazer uma oferta irrecusável. Prepare-se para morar aqui no castelo. 

— Hã!

— Até o dia de seu casamento com a condessa eu quero que fique aqui. Você será responsável por fazer me companhia, enquanto aprende coisas que a condessa não poderá lhe ensinar. 

— Claro meu senhor.

— Eu certamente precisava de alguém como você para alegrar os meus dias.

— Majestade. — Disse Alessa. — Deixarei Afonso aqui a partir de hoje. E mandarei os seus pertences assim que possível. 

O rei olhou para o jovem. — Se ele não se opor, farei muito gosto. Alessa.

— Claro que não, vossa majestade. Como posso recursa me a um desejo seu.  — Afonso gostou da ideia que ela teve. 

Alessa retornou para a mansão sem o jovem Afonso. Agora ela tinha certeza de que tudo estava no rumo certo. Lá Afonso iria aprender na prática, muitas coisas referentes à administração de suas terras. Conhecer pessoas influentes, e até mesmo, quem sabe, viajar na companhia do rei para muitos lugares além mar. 

Foram quase dois anos, até que ele fosse considerado pelo rei, preparado para receber o título de conde.

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Where stories live. Discover now