35 - A tomada do castelo

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O Rei Martinus estava disposto a levar a sua vingança contra o Rei Âmis à diante. Uma vez que o seu inimigo mais forte estivesse fora de combate, lidar com os outros seria mais fácil. Ele só precisaria fazer uma visitinha surpresa ao seu mais novo inimigo. Ele teve um bom tempo para planejar o seu ataque.

Graças a um soldado traidor e ganancioso, que prestava serviços ao Rei Âmis, o seu plano se iniciou da seguinte forma: Soldados seriam infiltrados e escondidos dentro do castelo e muitos outros iriam permanecer do lado de fora sobre o comando de seu general, aguardando o momento certo para atacar. 

O Rei Martinus chegaria pelos portões da frente em missão de paz. Uma vez dentro do castelo, ele anunciaria a tomada do mesmo em uma rendição, prendendo toda a família real.

Como já foi dito antes, o Rei Âmis não gostava de briga, e resolvia tudo na base de uma boa conversa. Mas neste caso não houve tempo para isto.

Ao chegar ao castelo, o Rei Martinus foi recebido de bom grado pelo Rei Âmis. Mas a conversa de agradável não teve nada.

— Seja bem vindo ao meu palácio. — Disse o Rei Âmis, sendo um bom anfitrião.

O Rei Martinus apenas balançou a cabeça com desdém, olhando tudo ao seu redor. Grosso e de pouca conversa estava sempre muito desconfiado.

E Âmis continuou. — Creio que a minha presença no acampamento o incomodou um pouco, não deixando uma boa impressão sobre mim. Aceite as minhas desculpas.

— Não estou aqui para fazer novas amizades. — E mais uma vez ele foi indelicado com o dono da casa. O que deixou o Rei Âmis aborrecido e sem saber como lidar com uma visita tão rabugenta.

O Rei Martinus estava acompanhado por quatro de seus homens. Para garantir, que se desse errado, pelo o menos tentaria sair dali ileso.

O Rei Âmis insistiu em ter uma conversa. — Então para que veio, se não foi para me conhecer? — Ele estranhou, não só aquelas palavras ásperas de Martinus, bem como aquela segurança tão reforçada para uma simples visita.

— Eu estou mesmo bem aborrecido com o que houve no acampamento. — Falou Martinus bem convencido de sua razão. 

O que foi isso que acabei de ouvir? Foi você quem os provocou!

— Não esperava todo aquele alvoroço por causa de uma briguinha entre vizinhos.

— Não pareceu uma briga de vizinhos para mim.

— Não era com você. Por que teve que se intrometer?

— São todos meus amigos e pediram por ajuda. O que acha que eu deveria ter feito?

Ele não dava importância ao que Âmis dizia e continuava sem das respostas.

— O pouco que eu pude ouvir sobre você, deixou-me bem impressionado. — Olhou o Rei Âmis de cima a baixo, e completou: — Tanto, que eu quis vir aqui pessoalmente, e ver com os meus próprios olhos quem é poderoso Rei Âmis! O descendente daqueles que atrapalharam a minha família.

— E o que falaram sobre mim, para impressioná-lo tanto?

— Seu reino me parece bem promissor. 

E mais uma vez ele o ignoro em dar lhe resposta. — Tem muitos soldados, muitas terras... E é claro muita riqueza.

Âmis apertou o braço de sua cadeira elevando seu corpo para frente, mostrando a sua insatisfação.

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Where stories live. Discover now