Enquanto tudo isto acontecia na vida de Afonso. Brígida enfrentava uma história parecida. Estava prestes a se casar também.
Sua mãe consegue convencer o rei, de que a hora de suas duas filhas mais velhas se casarem, havia chegado.
Depois de muita conversa o pai impôs suas condições.
Âmis disse a Louise: — Façamos um acordo.
— Do que está falando. O que você quer dizer com um acordo?
— Aceito casar minhas filhas, mas farei as coisas do meu jeito.
— E existe outro jeito de se fazer isto? Tudo bem... Desde que você não demore muito, faça como quiser.
O rei começou a explicar o seu plano. Planejava dar um baile com a desculpa do aniversário do seu filho. Ele queria que as suas filhas pudessem dançar com os candidatos e escolher dentre eles o que mais lhes agradassem sem que elas suspeitassem da verdadeira intenção deles.
A rainha não gostou da ideia do rei, mas teve que aceitar suas condições. Pois este foi o acordo.
Outra decisão tomada pelo casal real foi a de não contar para elas, até que os pretendentes fossem escolhidos no baile.
O que eles não sabiam é que as princesas já tinham conhecimento do casório. Só lhes restava saber dos detalhes. Mas isto era só uma questão de tempo.
Algumas semanas se passaram e as meninas não faziam outra coisa a não ser espionar.
O rei já havia começado a visitar seus amigos e a conhecer seus filhos, sempre com uma desculpa diferente para não falar em casamento com eles, até que estivesse aprovado os candidatos a pretendente. Aquele pai queria um genro que combinasse com a personalidade de cada uma das princesas. Principalmente a de Brígida.
Para isto, o rei fez uma lista com os nomes dos possíveis candidatos. Começando por Mair, filho do Marquês de Lorraine. Era um jovem inteligente e cheio de vida, mas seu pai lhe disse que o seu defeito era ser muito relaxado com os negócios da família. Quando ouviu isto logo o descartou. "— Eu não quero um genro que destrua os bens da família." — Pensou ele.
O rei Âmis foi conhecer outros dois rapazes, filhos do Rei João IV. Eram gêmeos e ambos eram sérios e snobes. Ele não se agradou destes também. Dentro de um ano o rei visitou e conversou com vários rapazes e poucos foram os de seu agrado. Nem todos eram da realeza, alguns eram filhos de duques, marqueses e etc.
A rainha Louise já estava ficando farta de tantas exigências de seu marido. Tudo era desculpa para descartar um candidato.
Certo dia, ambos estavam no quarto se preparando para dormir. E entre uma conversa e outra a rainha expressou seu aborrecimento com a demora do rei em marcar o baile.
— Devo acreditar meu marido, que você está demorando de propósito?
— Sobre o que está falando minha querida?
— Para você, todos os pretendentes têm defeitos. Não há homem neste mundo que sirvam para suas filhas?!
— Não é isto minha amada. Eles têm que ser bons tanto para elas como para o meu reino...
A rainha se virou rapidamente surpreendendo o rei.
— Pode até tentar me enganar meu querido, mas não abuse, minha paciência tem limites!
— Mas não estou te enganando!
— Vou me deitar agora. Não me dirija à palavra. Aproveite para pensar.
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O Fabricante de Bonecas (Finalizado)
RomanceUm rei bom, um reino promissor, lindas filhas. O que poderia dar errado? Mas deu! Descubra como um simples fabricante de bonecas conseguiu salvar o rei e casar-se com sua filha mais velha. Obrigada por lerem! Nota: Por favor deixe o seu comentário...