Não demorou muito para que ele aprendesse a ler e escrever. Era um rapaz inteligente e de uma excelente coordenação.
Na biblioteca, ela o acompanhava em uma leitura. Apesar de um pouco lento não houve erros, então a princesa resolveu que já era o suficiente e o interrompeu.
— Já está bom. Só lhe falta ler todos os dias assim como eu. A gora escreva alguma coisa para ver como você está.
— Hã?!
— Não me olhe assim, preciso saber o quanto você já sabe.
— Escrever o que?
— Escreva algo sobre a sua mestra.
— Bom, posso lhe entregar depois?
— Claro que não! Preciso saber agora.
— Então... Posso me sentar ali do outro lado?
— Pode. Mas não se demore muito, eu não posso ser vista aqui. Lembre-se de que ninguém me viu entrar.
Em poucas linhas ele tentou dizer o que ela significava em sua vida. Enquanto escrevia, todos os bons momentos lhe vieram na lembrança. De repente um sorriso.
E rindo sozinho se deu conta de outros momentos em tão bons assim, em que teve o seu pescoço por um fio por causa dela. Mas que agora lhe pareciam muito divertidos.
Brígida lia um livro em quanto o esperava, ao levantar as vistas o viu rindo. — Do que esta rindo?!
— Não seja tão curiosa.
— Pense bem no que você está escrevendo, se não! Bem... Apenas termine logo antes que sejamos pegos.
Assim que terminou, aproximou-se dela, tímido. Ele entregou o rascunho em suas mãos e se afastou.
Ela recebeu ansiosa, pensando no que Afonso poderia ter escrito sobre ela. Já que ele estava sorrindo o tempo todo, pensou ser algo engraçado.
Naquela folha estava escrito o que parecia ser um poema, que dizia o seguinte:
"Você é para mim...
O sol que nasce no horizonte pela manhã.
Não posso tocá-la, mas posso sentir seu calor.
É como céu estrelado a noite.
Não posso tocá-la, mas posso admirá-la o quanto eu quiser.
É como uma flor a beira de um penhasco,
Não posso tocá-la, mas posso sentir seu perfume."
Brígida fingiu não perceber o que significava aquelas palavras, mas vendo que estava tudo certo, ficou surpresa e o parabenizou.
— Afonso! Como você pode?
O jovem pensou que ela iria repreende-lo por escrever aquelas palavras.
— Estou muito orgulhosa de você. De agora em diante você poderá se passar por um homem nobre. Se usar as roupas certas, claro! Mas quanto a isto, posso dar um jeito também.
— Não precisa princesa. Já sou muito grato pelo que fez por servo sem valor.
A vergonha de Afonso se converteu em decepção. Pensou ele: — Como assim! Ela não entendeu o que eu escrevi para ela? — Mesmo ele acreditando, que o que escreveu para ela foi em vão, estava muito feliz com o elogio da sua professora.
DU LIEST GERADE
O Fabricante de Bonecas (Finalizado)
RomantikUm rei bom, um reino promissor, lindas filhas. O que poderia dar errado? Mas deu! Descubra como um simples fabricante de bonecas conseguiu salvar o rei e casar-se com sua filha mais velha. Obrigada por lerem! Nota: Por favor deixe o seu comentário...