18 - A aventura da princesa

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Brígida estava feliz por está fora de casa, mesmo que por pouco tempo e não queria nem pensar no que sua mãe iria dizer. Aliás, ela acreditava que sua mãe não iria descobrir tão cedo que ela havia fugido. Afinal, ela estava de castigo e sua mãe só cuidando do bebê.

Afonso também estava feliz por está ao lado dela. Parecia um sonho os dois passeando sem as pressões e restrições do castelo. 

Mas a atenção de Afonso aos perigos oferecidos na pequena viagem, estava mais aguçada por estar com ela. Ele avistou bem ao longe, três homens suspeitos e dois cachorros. Possivelmente caçadores, mas se fossem ladrões ou algo pior...

Brígida que caminhava mais a frente, colhendo florzinhas a beira do caminho, não viu o que Afonso estava vendo. Ela não tinha noção dos perigos reais que um simples passeio como este poderia oferecer. 

Ele olhou a sua volta e viu um velho carvalho de tronco bem grosso, correu pegando no braço da jovem e levando-a para trás da árvore.

— O que está havendo? — Irritou-se com a atitude do rapaz. Como sempre.

— Fique calada para não sermos vistos! — Disse ele, já colocando-a entre ele e a árvore e com a capa dela que era de cor escura, ele os cobriu, protegendo-a da visão daqueles homens.

Ela que não conseguia ver nada, restou-lhe só obedecer.

Os cachorros que corriam bem à frente de seus donos, ao sentirem um cheiro diferente, começaram a latir e um deles ia ao encontro dos homens e voltava varias vezes chamando a atenção deles, enquanto o outro só latia para a árvore vigiando a possível presa.

Mas para a sorte do casal, havia um enorme arbusto em frente ao carvalho que dificultava na visão, até mesmo dos cães. Os homens que ali passavam, até chegaram a parar os seus cavalos, e pensaram em descer e ver com o que tanto aqueles cães latiam.

Mas um deles disse: — Deve ser alguma lebre ou esquilo, porque se fosse um servo já estaria longe.

O segundo homem disse rindo, imaginando a sena de todos correndo de uma fera. — E se fosse um javali já os teria atacado sem surpresa.

Disse o terceiro. — Já temos muita caça. E estamos a dias fora de casa. Estou muito cansado para caçar qualquer animal. Por menor que seja.

E seguiram seu caminho chamando por seus cães, que mesmo obedecendo a seus donos não paravam de latir e olhar para trás.

Brígida ouvindo o som dos cachorros e o trotar dos cavalos que ficavam cada vez mais distante, começou a rir. 

Como Afonso a imprensou contra a árvore, seu rosto estava bem pertinho do coração dele, ela podia ouvi-lo disparado.

— Do que está rindo? — Ele se afastou, mas não se levantou, para não chamar a atenção daqueles homens e seus cães. — Não é nada engraçado sermos pegos! Aqueles cães poderiam nos estraçalhar.

— Me desculpe, mas você está realmente muito engraçado. Quero dizer, assustado. Kkkkk. Seu rosto...

— Me agradeça por estar atento aos perigos. Saiba que poderiam ser ladrões de verdade!

— A viagem ainda não acabou. Agradecerei quando estivermos a salvo dentro castelo.

— É melhor que me agradeça antes. Não vou entrar lá novamente. Fique sabendo alteza.

— É o que veremos!

— Porque quando tudo está bem, você tem que me confrontar?

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Where stories live. Discover now