30 - A morte da Condessa

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Chegava o fim de um inverno rigoroso

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Chegava o fim de um inverno rigoroso. Afonso teve muito para fazer nas terras da condessa. Precisou tomar medidas de emergência para salvar os animais, já que da lavoura pouco restou.

Mesmo com tantos problemas, Alessa estava feliz por ver que agora, podia contar com alguém para resolver as coisas em seu lugar. Alvor sempre a ajudou no que era possível, mas com Afonso, isto se tornou ainda mais fácil.

Porém, nem tudo estava tão bem assim, a saúde dela estava cada vez pior. Seu coração dava sinais de que ela não viveria para ver a sua estação preferida, a primavera. Todos na mansão estavam preocupados com a saúde de Alessa.

Afonso preocupado com ela, decidiu dormir no mesmo quarto, para melhor cuidar dela durante a noite.

— Minha lady. Eu e mais duas mulheres revezaremos durante a noite para cuidar melhor de você.

— Não Afonso! Não faça sacrifício por minha causa.

— Para mim não será sacrifício algum poder cuidar de você. É mais que um dever meu. Já que eu sou o seu esposo. — E sorrio para ela.

— Como queira meu marido. — Respondeu com um belo sorriso. — Depois não passe o dia bocejando pelos corredores.

— Tenha a certeza de que eu não ficarei. — Afonso brincava, mas por dentro pressentia o fim de sua estimada amiga.

Ela estava muito magra e fraca para se aquecer sozinha. Houve noites tão frias em que ele precisou abraçá-la para aquecê-la e poder dormir.

A neve havia estiado, mas não derretido totalmente. O vento também se ausentou durante aqueles dias. Era o sinal de que o inverno chegava ao seu fim.

As semanas pareciam intermináveis e Afonso começa a sentir seu corpo também enfraquecer. Afonso realmente estava exausto, mas não deixava Alessa perceber. 

Durante o dia ele tinha coisa para resolver, e a noite a preocupação com ela não o deixava relaxar por completo.

Alvor estava preocupado com seu senhor. Ao vê-lo prostrado sobre a mesa, se aproximou.

— Afonso? — Ele tocou no braço dele. — Sente se mal?

Ele rapidamente levantou a cabeça. — Ah! É você Alvor.

— Você precisa dormir.

— Eu não posso. Tem muita coisa para fazer.

— Mas deste jeito serão dois doentes nesta casa.

— Fique tranquilo, que eu sou forte. Eu aguento.

— Afonso, vá para o seu quarto dormir um pouco. Eu prometo que a condessa não ficará sabendo.

O rapaz mal conseguia raciocinar e resolveu aceitar o conselho do amigo. — Está bem. Obrigado. Mas não me deixe dormir muito.

— Durma sossegado.

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Where stories live. Discover now