23 - Casar?!

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 Afonso a esperava ansioso para saber a resposta do Rei. Ele não fazia ideia do porque o Rei precisava conhecê-lo. Mas ele também desejava muito isto. 

Ao retornar a mansão, ela, o vendo de longe, sorriu e fez um gesto unindo as mãos. Ele entendeu que ela teve êxito em sua missão e foi recebê-la na porta.

— Seja bem vinda minha lady.

— Obrigada Afonso. 

— Pelo seu rosto vejo que o rei lhe atendeu.

— Sim! Em parte... Mas preciso te levar o mais rápido possível para que ele o conheça.

— Vamos amanhã?!

— Não seja tão impaciente. Eu não aguentaria dois dias seguidos de viagem. Certamente precisarei descansar por uns dias para que eu possa retornar.

— Entendo Condessa. — E estendo seu braço, disse: — Vamos entrar? — Ela colocou a mão sobre o braço dele e entraram na casa.

— Leu os documentos? — Perguntou-lhe a condessa.

— Sim.

— À noite conversaremos sobre eles durante o jantar. — Alessa subiu para seu quarto e foi descansar. Mas antes chamou seus dois servos mais antigos para lhes acompanhar, o cocheiro e seu mordomo a seguiram.

— O que deseja de nós minha senhora? — Perguntou Fernão curioso, pois não era de costume ela o chamar em seu quarto.

— Eu quero que o dois me acompanhe durante a conversa que terei com Afonso, amanhã. Não quero os demais criados por perto.

— Por que só amanhã? — Alvor não entendia por que da demora em revelar ao jovem o plano. — E por que os outros não podem ouvir a conversa, condessa?

— Alvor meu querido. Chegou o dia de contar a ele sobre o meu real plano. E temo que ele recuse a nos ajudar.

— Como ele negaria a nos ajudar se gosta tanto deste lugar e das pessoas que aqui residem?!

Afonso havia conquistado a todos naquele lugar. Sempre os tratando de igual para igual, pois ele sabia como cada um se sentia ele era um deles. Sendo educado e prestativo, se tornou amado por todos. E se caso recusasse a ajudá-los num momento tão decisivo, certamente seria um choque para eles. A condessa queria evitar isso.

— Vamos ter fé de que ele aceite a minha proposta. Mas a depender de sua reação não quero que os outros criados o vejam e se decepcionem com ele.

— Sim, é verdade. — Alvor quis ser positivo. — Mas baseado na sua boa conduta vamos ter fé de que ele não recuse.

— Minha senhora, não se preocupe. — O cocheiro também quis animá-la. — Não há como ele recusar tanta fortuna e poder.

— Engana-se meu amigo. — Disse Alvor. — Este jovem não se prende a bens materiais. Ele quer a sua liberdade de volta. Se aceitar a proposta da Condessa terá que ficar aqui para sempre.

 — Vocês dois tem razão. — Alessa estava parcial e apaziguou os dois. — Esse tempo todo ele não foi ganancioso, se deu por satisfeito, apenas em trocar seus serviços pala boa e confortável estadia que lhe demos. Mas por outro lado, ele também se acostumou a ter tudo a sua disposição sem muito esforço. O coração de um homem pode ser mutável.

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora