TRINTA E SETE

2.3K 282 396
                                    

(Respirem fundo aqui comigo antes de ler esse capítulo porque ele está enorme e bem INTENSO, é uma montanha russa de sentimentos

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

(Respirem fundo aqui comigo antes de ler esse capítulo porque ele está enorme e bem INTENSO, é uma montanha russa de sentimentos. Boa leitura, no final tem alguns recados e infos extras. 🤍)

Eu abro a porta do meu quarto exausta do dia eterno que tive e jogo a bolsa em cima da mesa, deixando um grande suspiro exasperado me escapar.

Eu pensei que esse projeto seria desafiador pela dimensão e responsabilidade que cairia sobre mim, mas lidar com Aidan Rael faz a parte da arquitetura parecer moleza.

— Aquele filho da mãe, mimado e inconveniente! — Eu resmungo baixinho ainda remoendo a briga que tivemos mais cedo.

Tiro os sapato e penso em simplesmente cair na cama e enfiar o rosto no travesseiro, mas sei que não vou conseguir descansar, não sabendo que amanhã terei que lidar não só com uma árvore genealógica inteira de família disfuncional mas também com Aidan.

Ao mesmo tempo.

Isso não pode acontecer. Essa festa tem os ingredientes ideais para acontecer um desastre e eu odiaria ver o dia especial dos meus pais arruinado.

Fico parada aos pés da cama, imóvel, forçando a minha mente a pensar em uma maneira de fazer Aidan desistir da ideia de comparecer à festa.

Se nós dois fôssemos pessoas centradas, eu simplesmente diria a ele que preferiria ir sozinha e seria compreendida.

Sem drama.

No entanto, nós já estávamos há anos luz desse ponto: Absolutamente nada sobre Aidan Rael e Maria Madalena chegava perto da ideia de civilização.

O que era desesperador, porque em alguns momentos eu sentia que estávamos fazendo progresso e em outros tinha plena certeza que falávamos dois idiomas diferentes.

A bem da verdade, apesar de ter minha parcela de culpa nessa nova "disputa" entre nós dois para ver quem enlouquece o outro primeiro, eu estava mentalmente esgotada. Já era um grande peso nos meus ombros ter que sustentar uma mentira enorme como a qual eu sustentava enquanto era secretamente chantageada por empresário que poderia destruir a minha vida e os meus sonhos — sem contar com o fato de que durante tudo isso eu tenho que liderar um projeto imenso pela primeira vez sozinha.

Massageio as minhas têmporas, sentindo uma dor de cabeça terrível só de pensar em tudo que está acontecendo ao mesmo tempo.

Se continuar assim, vou acabar tendo outro colapso, talvez até pior do que o último.

E se eu propor uma trégua com Aidan?

Estou prestes a elaborar mais a ideia quando percebo que há algo de diferente no meu quarto. Ainda no escuro, noto que o tapete felpudo em frente ao guarda-roupa está torcido e minha roupa de cama um pouco amarrotada.

MORDE E ASSOPRAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora