QUARENTA E UM

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Eu abro a porta e estico a cabeça para fora, olhando de um lado para o outro do corredor

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Eu abro a porta e estico a cabeça para fora, olhando de um lado para o outro do corredor.

Está vazio.

— Ok, acho que os meus pais já saíram para trabalhar. A barra está limpa. Anda logo, assim evitamos os meus irmãos também.

Aidan sobe o zíper da calça e agarra a camisa.

— Nós dormimos demais, já deveríamos estar no escritório.

— Eu, eu sei. Vou tentar me arrumar o mais rápido possível e chegar primeiro que você! — Eu abro o guarda-roupa e jogo um vestido preto em cima da cama. — Não podemos de maneira nenhuma chegar juntos, Vanessa vai desconfiar.

Aidan olha para a roupa que escolhi e seus lábios formam um sorriso.

— Você vai usar isso? — Há um claro tom de malícia na sua voz.

— Vou, por quê?

Ele balança a cabeça.

— Nada, é perfeito.

Eu estreito os olhos.

— Perfeito para quê?

Ele passa a camisa pela cabeça e vem até a mim, me prendendo contra o guarda-roupa.

— Perfeito para levantá-lo enquanto coloco você em cima da mesa da minha sala.

Eu o paro, colocando a mão em seu peito.

— Aidan, nós não podemos fazer isso no escritório. De jeito nenhum.

Ele suspira e assente, recobrando a sensatez.

— Tem razão, desculpe. É que você me faz perder o foco às vezes...

Ele deixa um beijo no meu pescoço e se fasta para calçar os sapatos. Quando está pronto para ir, eu pego as minha chave para levá-lo até a porta, mas ainda de antes de sair, repito as instruções mais uma vez para garantir que ele entendeu.

— Então, você precisa chegar mega atrasado hoje, ok? Deixe claro que não dormiu, faça Vanessa pensar que passou a noite em festa, se divertindo... Aidan, está me ouvindo?

Ele franze o cenho, sua atenção totalmente direcionada a um dos desenhos do meu mural.

— Estou ouvindo, sim... O que é isso?

Aproximo e pego o desenho que atiçou sua curiosidade. Era o lustre do que eu tinha desenhado para o salão do Palace.

— Ah, nada demais. Era só um rabisco que fiz enquanto estava entediada.

— É um lustre.

— Não, é o desenho incompleto de um lustre que por sinal não existe.

Aidan pega o desenho das minhas mãos e analisa de um jeito mais crítico.

— Você fez isso mesmo?

MORDE E ASSOPRATahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon