ONZE

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Não é um pesadelo

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Não é um pesadelo.

Eu faço questão de me beslicar e dar tapinhas no meu próprio rosto para ter certeza. O que está acontecendo é bem real.

Aidan Rael está dormindo ao meu lado em carne e osso. Bem vivo. Isso posso garantir, porque infelizmente alguns segundos atrás eu o senti e posso ouvir sua respiração pesada.

Ele está deitado de bruços e depois que tirei seu braço da minha cintura, o homem se virou e prendeu um travisseiro ao seu abraço.

Fico observando, perplexa e quieta, suas costas torneadas se movendo para cima e para baixo.

Muita calma nessa hora, Maria Madalena, digo a mim mesma, Tudo isso aqui não quer dizer nada... Não é?

Eu jamais dormiria com Aidan. E ele jamais tiraria vantagem desse jeito, não é?

Pensar no que Aidan é ou não capaz me deixa um pouco preocupada, então começo a procurar por outras pistas que não dependam só do caráter suspeito do maior cafajeste da cidade.

A primeira coisa a se considerar é que eu não estou nua. Sinto o meu ombro extremamente dolorido e sensível mas estou usando uma camisão branco e as mesmas calcinhas de ontem.

Ok, é preocupante não acordar nas minhas roupas mas isso ainda não pova nada. Olho para o homem desmaiado ao meu lado. Eu estou vestida... Mas e quanto à ele?

Bem, eu preciso saber. É uma questão de vida ou morte. A minha vida e a morte de Aidan, mais especificamente.

Fazendo uma prece silenciosa, suspendo as cobertas e constato que ele está usando um shorts de dormir. Sinto um alívio imenso! Só que minha felicidade dura pouco, porque assim que me arrasto com cuidado para fora da cama encontro as minhas roupas espalhadas pelo chão.

A visão dos meus pertences me traz um conjunto de memórias esfumaçadas do qual eu não me lembrava até agora.

As mãos de Aidan tirando a minha calça, depois a minha blusa, ele me carregando no colo... Mas o pior de tudo é ter a inquietante certeza que em algum momento da noite passada eu realmente quis beijá-lo.

É isso que me deixa aterrorizada.

Se eu quis beijá-lo, com certeza não paramos por aí.

Toco meus lábios.

Olho ao redor e sinto um frio barriga.

Eu sei o que aconteceu aqui ontem.

Nós transamos.

— Ah, merda!

Aidan murmura algo e se remexe na cama quando eu praguejo. Imediatamente coloco a mão sobre a boca para impedir a mim mesma de surtar, pelo menos em voz alta.

MORDE E ASSOPRAWhere stories live. Discover now