TRINTA E OITO

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Papai e mamãe estão na pista de dança quando Aidan e eu finalmente emergimos no jardim

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Papai e mamãe estão na pista de dança quando Aidan e eu finalmente emergimos no jardim.

Dou cinco passos e empaco assim que começo a notar ao primeiros olhares curiosos, mas Aidan coloca a mão sobre a minha cintura e me ajuda a continuar.

— Você está indo bem — Ele incentiva, falando baixinho no meu ouvido.

Apesar da voz dele ser um deleite de se ouvir, estou tensa demais para apreciá-la.

O mais desesperador é que nem mesmo minhas amigas vão entender o que está acontecendo ao nos ver juntos. Elas não sabem sobre a chantagem, mas sabem muito bem que Aidan e eu não estávamos bem nessas últimas semanas.

— Não acredito que deixei você me convencer a fazer isso — Eu retruco.

Mamãe nos vê quando papai a faz girar no meio da dança e abre um sorriso enorme de surpresa.

— Aidan, não acredito que você veio!

Se havia alguém relacionado a mim por sangue que não tinha nos notado até agora, depois da anunciação não havia mais. Literalmente todos pararam para ver quem tinha chegado e por dentro isso me faz querer fugir.

Tento me afastar de Aidan mas ele me puxa de volta até não ter nenhum centímetro de ar nos separando.

— Você não precisa exagerar tanto na atuação de namorado apaixonado — Eu sibilo enquanto sorrio para os meus parentes. — Eles não vão deixar de acreditar se você manter as mãos longe de mim por dois segundos.

— Quantas vezes eu vou ter que repetir que não preciso atuar para isso?

Olho para ele, ainda incrédula.

— Não haja como se não estivesse fazendo isso por você também.

— É claro que é por mim também — Ele diz enquanto me guia por entre as mesas. — Quando ofendem à você estão ofendendo à mim também.

Nós caminhamos juntos e encontramos mamãe na metade do caminho, que vem correndo nos receber.

— Estou tão feliz que você decidiu vir, Aidan!

— Oi, Val. É claro que eu viria, não perderia por nada uma noite tão especial como essa. Você está linda, se me permite dizer.

Ela olha para si mesmo e da os ombros.

— Acredita que o meu vestido de casamento ainda serve depois de vinte e cinco anos e três filhos?

— É claro que eu acredito — Aidan afirma, nunca perdendo a chance de ser um bajulador. — Aposto que não mudou muito desde aquela época!

— Eu era bastante parecida com a Maria, na verdade.

Ele olha para mim.

— Então você era deslumbrante. Continua sendo até hoje, é claro.

MORDE E ASSOPRAWhere stories live. Discover now