#1 em chicklit 02/05/21
Dez coisas que você precisa saber sobre a Maria Madalena:
1. Ela teve seu coração recentemente partido ao terminar o namoro de quatro anos com o Luciano.
2. O Luciano não era um namorado ruim mas também não era ótimo. Ele s...
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Acho que já posso atualizar a tal da Lista De Propriedades de Aidan Rael Nos Quais Já Tirei A Minha Roupa.
Quarto do Aidan... check.
Carro do Aidan... check.
Lavanderia da casa do Aidan... check e check.
Exceto que dessa vez tive a sorte de estar sóbria o suficiente pra manter pelo menos a parte de cima: encontro-me só de blusa, sentada no banquinho da lavanderia do apartamento de Aidan assistindo o meu short sacolejar de um lado para o outro na secadora.
Enquanto estou com as pernas de fora na área da lavanderia, Aidan desapareceu no seu escritório pedindo uma licença para resolver alguma coisa urgente do trabalho.
Já faz uns quinze minutos que ele sumiu e eu estou começando a ficar entediada.
Olho pela janela de vidro que dá para a cozinha luxuosa e dali consigo ver um pouco da sala e da vista privilegiada para a baía. Da primeira vez que estive ali, naquele dia fatídico em que atropelei Aidan sem querer, lembro-me de ter ficado impressionada como tudo era de muito bom gosto.
Dessa vez, com mais calma, mantenho essa opinião e faço a anotação mental de perguntar quem foi o designer de interior que fez esse trabalho.
Estou genuinamente curiosa.
Com um suspiro, olho para aquele grande apartamento vazio e começo a ter ideias... Seria errado bisbilhotar pela casa dele?
Antes de me deixar, Aidan disse para me sentir em casa, mas será que isso incluía abrir a geladeira e analisar os livros da sua estante? Talvez investigar um pouco me dê uma ideia melhor sobre esse novo lado dele que eu estou tentando conhecer.
O meu único impasse é estar somente de calcinha e blusa e definitivamente não vou sair por aí desfilando com a minha bunda de fora.
De momentos constrangedores com Aidan eu já tenho uma coleção e estou tentando não aumentá-la.
Levanto-me e começo a procurar algo para cobrir as pernas, alguma toalha, lençol... Literalmente qualquer coisa vai servir.
Estou inclinada em um cesto de roupa quando ouço a fechadura da porta se mover e vozes masculinas surgirem, falando todas quase ao mesmo tempo.
— É uma péssima ideia e nunca vai dar certo — Escuto um deles dizer. — Mas boa sorte, sei que vai fazer isso de qualquer maneira mesmo.
— Você não bota fé que vai dar certo? — Outra voz, dessa vez uma conhecida, responde.
— Ninguém bota fé nas suas ideias, Nescau.
— Tá legal, quem quer apostar que vai dar certo e vou ganhar uma bolada de dinheiro nisso? Vai todo mundo quebrar a cara!
