Capítulo 2

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- Você apareceu! – ele dizia enquanto me aproximava, faziam semanas que não sonhava com ele, Atsumu sorria, agora que pude ver de novo tinha certeza que era ele, não pela aparência mas sim por que andei observando de longe e ele e o irmão eram bem diferentes no modo de agir.

Apesar de serem idênticos na aparência tinham detalhes pequenos que os diferenciação bastante, e com certeza o garoto energético que eu via nos meus sonhos se encaixava mais com Atsumu.

- Onde estamos? – perguntei olhando em volta, havia grama e estava bem claro como se fosse um dia de verão, podia se ver algumas árvores ao longe mas estávamos em um campo plano.

- Também não sei – ele respondeu também olhando em volta, começamos a andar para explorar o local, em silêncio, era a primeira vez que sonhava com ele sabendo quem ele realmente era, ainda não me conformava que não era uma invenção da minha mente. Vi ele agachar e pegar uma flor vermelha.

- Gosta de flores? – perguntei observando enquanto ele levantava e voltava para perto de mim.

- Acho bonitas, mas não entendo nada de espécies se é o que você está perguntando – ele respondeu e me estendeu flor – essa combina com você – eu sorri e a peguei, girando entre meus dedos.

- Obrigado – eu disse e ele sorriu, com certeza aquela versão de Atsumu era bem diferente da que pude ver, na escola ele tinha um ar mais arrogante com todos, como se não quisesse conversar e se achasse melhor que todos, mas isso é um pré julgamento que todos devem ter, o que me fazia estranhar mais ainda o porque no primeiro dia ele se preocupou se tinha me acertado com a bola e pedido desculpas.

- Esse lugar me acalma – ele acabou dizendo e se jogou na grama, arregalou os olhos e me olhou – tenta fazer isso!

- o que? – perguntei confusa.

- Se joga na grama – ele disse – confia em mim.

- Ok... – eu disse ainda confusa, mas me inclinei para trás caindo na grama e foi como se o chão se tornasse um colchão de ar, bem macio e confortável, arregalei os olhos e também olhei para ele – que estranho.

- Também achei – ele riu – será que dá para pular? Quando a gente estava andando não senti que era macio assim – me levantei e tentei pular, o efeito foi como uma cama elástica, vi que ele levantou rapidamente e pulou também.

- Vem cá – chamei e quando ele se aproximou segurei em suas mãos – vamos pular juntos – disse e ele assentiu, assim que forçamos nossos pesos contra a grama fomos alto para o céu, senti um frio na barriga enquanto voltavamos para o chão e ele me abraçou, se inclinando para trás e fazendo com que a queda fosse toda sobre ele, batemos na grama e subimos só um pouco antes de cair de novo, eu em cima dele.

- Está tudo bem? – ele perguntou e eu levantei, me sentando sobre ele.

- Isso foi divertido – disse com um sorriso e então percebi a posição que estávamos, corei e sai de cima dele, deitando em seu lado.

- eu concordo – ele disse e olhou para mim de novo, aproximou a mão de meu rosto fazendo carinho na minha bochecha – é sempre divertido com você.

O despertador tocou e me sentei com uma expressão brava de novo, começava a me irritar com ele sendo fofo em meus sonhos, porque com o que todos falavam dele na escola eu poderia ter uma ideia que ele não era nada daquilo.

𝑺𝒕𝒂𝒓𝒈𝒂𝒛𝒊𝒏𝒈 - Miya AtsumuWhere stories live. Discover now