capítulo 15: the darkness

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PARTE 2: THE DARKNESSCAPÍTULO 15

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PARTE 2: THE DARKNESS
CAPÍTULO 15

    A bruxa e o encantador de sombras agruparam e queimaram os corpos das três monstruosidades antes que uma uma garoa fina começasse a cair sobre suas cabeças cansadas e miseráveis. Ao relento, os dois observaram os Dakarai até que restasse apenas cinzas, uns poucos e chamuscados ossos remanescentes e um odor pungente e insistente. 

    Asteria havia recolhido cada uma de suas flechas antes de incendiar as criaturas, mas eram armas perdidas. Preciosas flechas de freixo contaminadas com sangue viscoso de demônio. Ela sentia que poderia vomitar a qualquer momento se continuasse pensando em formas de salvar as flechas enquanto as segurava e encarava, então havia jogado de volta no fogo. Ela ainda tinha consigo sua espada e uma porção de adagas e facas.

    Azriel tinha estado distante desde que aquela luta havia acabado. Seu silêncio começava a perturbar a bruxa, seus olhos vidrados nos restos mortais de coisas que ele não conhecia. Ele não tinha cogitado haver tais criaturas nem mesmo no Meio, ele havia visto kelpies, o bogue, o attor, mas nada como aquilo. Tão sedento por sangue e com tanto empenho para destruição. Ele conseguia ver e sentir a mordacidade mesmo quando tinha visto apenas como observador. Mas eles eram mais perversos. Havia todo tipo de má intenção naqueles olhos vazios. O macho pensou em Asteria. O que ela havia passado na Corte dos Pesadelos, havendo lá tais criaturas atrozes? 

    Estes seres são malignos, pensou Azriel. Medo verdadeiro resplandeceu nos olhos de avelã do Encantador de Sombras.

    A bruxa percebeu aquilo, aquela aura diferente em torno dele. Quando ela levantou a cabeça, ela só viu os olhos dele brilhando no crepúsculo. Ela acenou com a cabeça junto com uma música inexistente, seu olhar distante escondendo a atenção nele. 

    Ela embainhou sua espada de volta em suas costas, depois de limpar o gume com um retalho. 

    Brisa suave soprou gélida em sua pele, seus cabelos em desordem, soltos da trança longa que ela havia feito às pressas. O cheiro do orvalho inundou seus sentidos, uma neblina começava a se dispersar através das árvores com a proximidade do alvorecer. Asteria pigarreou, limpando a garganta e tirando Azriel de seus próprios pensamentos. Ele olhou para ela, um pouco distraído. 

    — Sabe, você poderia ter morrido. 

    — Para sua infelicidade, — ele disse — ainda estou vivo. 

    — É recíproco. — começou ela, com a voz baixa. Ela caminhou para longe dele, sem olhar para trás para saber se estava sendo acompanhada. Porque ela sabia que sim, ele era silencioso, mas suas sombras murmuravam, e ela inconvenientemente ouvia seus sussurros. — Mas falo sério, quando eu disse que uma luta direta com aquelas criaturas são basicamente sinônimo de suicídio, não era uma hipérbole, eu não estava blefando. 

corte de sombras e pesadelos • azriel × asteria | EM PAUSAWhere stories live. Discover now