Prólogo

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-Era uma vez....-América começaria a cantorolar mais uma linda história de princesas,amaldiçoadas por uma bruxa e presas a seus destinos fadados a esperarem que,um homem as salvasse,quando a garota protestou emburrada-Mas você ama essa história,filha...-comentou passando suas delicadas mãos arrumando alguns fios seus,ruivos.E por um instante Megan viu,lágrimas molharem seus olhos castanhos,e antes que pudesse questionar,sua mãe levantou da cama a procura de outro livro,ao qual Megan gostasse-Chapeuzinho vermelho?-questionou mostrando o livro de capa vermelha,com um imenso lobo mal a espreita.

-Sim!-sorriu orgulhosa,ajeitando-se sobre as cobertas felpudas pelo início de mais um inverno na capital,dando espaço para que sua mãe se sentasse a beirada da cama.

-Era uma vez uma doce menininha. Todos a chamavam de Chapeuzinho Vermelho, porque ela sempre usava uma capa vermelha que a sua avó havia lhe dado de presente...-Megan sorriu com o cafuné que sua mãe lhe fazia,quando a porta foi aberta por seu pai,fazendo-a levantar de imediato e correr para seus braços,o adorava.E como não adoraria?,esses pensamentos assolavam América.

-Papai,vem escutar a historinha...-chamou seu pai que caminhara na direção de América dando lhe um beijo na testa e susurrando um "eu te amo",antes de puxar Megan para seu colo,ninhando a pequena garotinha em seus braços.

As noites quase sempre eram assim.Terminavam o jantar,Benjamin e América ajeitavam a cozinha enquanto Megan guardava seus brinquedos,logo após,os dois colocavam-a para dormir,a pedidos dela com contos de fadas.

E quando América tinha a chance como aquela de visualizar o amor de sua vida a sua frente,com Megan no colo,seu coração explodia de tanta emoção e logo dava a brecha para lágrimas passearem por seus olhos,por pura gratidão.

-A mãe de chapeuzinho sempre a alertava dos perigos na floresta,então quando mandara que a menina levasse um bolo de laranja para sua vovó doente,mais uma vez,alertara dos que assolavam e pediu para aue pegasse o caminho mais longo,onde não encontraria perigo.

Mas,ingenuamente deixou se levar ao caminho mais curto,onde o lobo-mau a espreitava ligeiro,dando a entender que aquele caminho era o certo e com certeza o mais rápido para chegar até a vovozinha doente.

Sem escutar as palavras de sua mãe a garota adentrou ao errôneo caminho e quando chegou a casa percebeu que a porta estava aberta e sua vovô muito diferente.

Seus olhos estavam maiores,dizia,como suas orelhas e suas mãos.

A vovó respondia,é pra te ver,ouvir e tocar-te melhor.

E sua boca também está maior,a garota constatou assim que a viu,e sem mais demoras o lobo disfarçado de vozinha atacou a garotinha,não antes que dois caçadores chegassem para resgata-la...

Megan sorriu pegando no sono.Sabia que a menina estaria salva pelos dois homens.Então deixou que sua mente vagasse pelo sonolência que lhe perpetuava,sem ao menos dar ouvidos a moral da história.

E talvez,fizesse a diferença te-la ouvido,anos depois.Pois Megan saberia que não deveria dar sua confiança facilmente para qualquer um e se atentaria mais em escutar sua mãe,que todos esse anos a tentar proteger da pacata cidadezinha de Virgin River,com uma floresta misteriosa.Onde o lobo-mau e os caçadores moram em uma cabana e não são,como as histórias insistiam em contar,nada bonzinhos.

De volta à CabanaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora