Capítulo 7 -Pequena cabana

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Quando a chapeuzinho tinha 10 anos de idade sua mãe a obrigara a entrar para um grupo de escoteiros da cidade interiona onde seus avôs parternos viviam.

Cercado por uma enorme floresta de bioma tropical, a chapeuzinho vermelho dava seus primeiros passos para aquela que poderia ser sua única  sobrevivência um dia...

Quando correr não seria o sufiente...

O fato de ser uma presa ao qual três caçadores estavam caçando não ajudava a anciedade que batia em meu peito e o suor que deslizava por minha pele mesmo com tanta umidade dos musgos da floresta.A temperatura baixa condensava a respiração no ar e meus passos incertos guiavam-me pela pouca luz que ousava esgueirar por entre os galhos e iluminar poucos,aqueles que se escondiam na mata.

Outro fato além do que estava claro,era que,graças as aulas chatas de sobrevivência na mata,poderia muito bem ascender uma fogueira com duas pedras e de sua faísca em contato com palha seca gerar o calor bem vindo e ao se aproximar de folhas verdes geraria uma grande fumaça que além de espantar animais selvagens e insetos,chmaria atenção indevia...mas como uma boa escoteira,aprenderá não só a dominar a arte de fazer fogo como também minimizar rastros,dificultando na atividade daqueles que a rastriariam.

-Merda!Vamos...vamos...-lágrimas silenciosas juntavam-se ao suor que escorria do meu rosto enquanto tentava quebrar um pedaço de galho membroso de um tronco grosso.

O barulho quebradiço avisou-me que a tarefa estava concluída e logo rasguei um pedaço da camiseta para servir como amarras.

O pequeno garotinho parecia inerte enquanto pegava algumas pedrinhas com suas mãos e empilhava-as organizadamente.

Amarrei rapidamente o galho contra minhas costas de forma a ficar os membros mais espessos e pontudos para baixo afim de raspar possíveis pegadas as quais pudesse deixar.

Tomei o garotinho em minhas mãos e logo começamos a trilhar um caminho duvidoso pela mata,evitando deixar quaisquer cicatrizes ou deslocamentos na mata.No entanto,confirme caminhavamos mais a dentro,deixava deliberadamente pegadas e galhos quebrados,possivelmente por pressão humana em direções opostas.Evitava solos barrentos e lamaçais,e deslisar objetos pesados,como uma pedra,que indicaria que presença humana a deslocara.

Um grito ruidoso arrepiou imediatamente todos os pelos do meu corpo,minhas mãos suadas apartaram o menino contra meu corpo e meus ouvidos ficaram em alerta para todos os possíveis barulhos ao redor.A nitidez de minha visão não permitia que visualizasse nada além de um metro de distância, tamanha a escuridão que nos abraçava.

--EI,TEM ALGUEM AI?-o pequeno protesto contra o silêncio parecia desesperado e confuso contra a corrente de ventos barulhenta que se formava,ao qual consequentemente agitava todas as pontas das árvores ferrozmente.

O ruir pesaroso da voz feminina se distânciava conforme caminhavamos em sua direção e com um último pedido final de ajuda,dissipou-se.

O pequeno garotinho ficou agitado de repente e por alguns instantes susurrei palavras de calmaria contra o mar agitado em que estavamos.

Nenhum animal parecia perambular ou ousar se meter por alí.E no entanto,meus pés sorrateiros nos levaram a uma terrível camada gelatinosa no coração da floresta.

Parecia feita de mercúrio e ser transparente e refletiva ao mesmo tempo.Espelhava todo a floresta a dentro e meu reflexo de desespero de ante de si.Como um terrível espelho gigante.

Coloquei o pequeno menino ao chão e antes que pudesse raciocinar o menino atravessava a camada hipnotizado.E suas últimas palavras foram como uma canção em meus ouvidos,terrível e sombria:"Ela está me chamando...".

De volta à CabanaWhere stories live. Discover now