TRINTA E TRÊS

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Juliette Freire.

Fiquei mais feliz quando vi Sarah surgir atrás de mim. Nua e despenteada, ela fitou-me pelo espelho com olhos sonolentos e seus lábios se curvaram em um sorriso sensual.

Aproximou-se, beijou de leve o meu pescoço e meu ombro ao encontro do meu olhar pelo espelho.

- Que cheirosa. Por que não me acordou para tomarmos banho juntas?

- Você estava em um sono tão gostoso. - Sorri, excitada, sem poder desviar os olhos dela. Seu corpo, costas, seios, pernas. Tudo nela era lindo.

- Acordei faminta. - Segurou-me pela cintura e encostou-se atrás de mim. Senti seu membro enrijecendo contra minha bunda. Lambeu de leve minha orelha. - Quer ser o meu café da manhã?

- Quero. - Murmurei, mal conseguindo falar.

Deus do céu, nós não enjoávamos de fazer amor. Pelo contrário, o desejo parecia se tornar cada vez mais forte.

- Posso me servir do que quiser? - Suas mãos subiram até meus seios, que ela observava pelo espelho.

- Sim.

- Qualquer coisa?

- Qualquer coisa.

Eu mal conseguia falar. Acariciando meus mamilos, ela varreu o olhar sobre a bancada de granito da pia. Viu o que queria e disse baixo:

- Abra aquele vidro de óleo para mim.

Ela soltou meus seios e untou o dedo indicador da mão direita com óleo. Encontrou meu olhar pelo espelho e fixou-se com os seus. As mãos foram para trás de mim. Prendi a respiração quando ela abriu gentilmente minhas nádegas e untou meu ânus com o óleo.

Fiquei imóvel, ansiosa e nervosa.

Ela não desgrudou os olhos dos meus enquanto acariciava meus seios com uma mão e com a outra introduzia o dedo oleoso em meu orifício. Entrou fácil, deslizando, sem doer. E foi delicioso.

Segurando-me na bancada, com o cabelo molhado caindo por minhas costas e os seios inchados, eu mordi os lábios, excitada. Ela abriu-me com o dedo, até ficar satisfeita com a lubrificação. Só então tirou o dedo. Segurou o membro, já totalmente ereto, ajeitando-o na direção da entrada do meu orifício. Então segurou meu quadril com firmeza e começou a me penetrar. Vi minhas pálpebras pesarem e o tremor me sacudiu. Vi seu olhar me devorando faminto, enquanto me devorava por trás. Mesmo sendo apertada e ela grande, não doeu. Eu a senti entrar toda, deslizando, até o fundo.

- Deliciosa. - Murmurou, agora com ambas as mãos em meus seios, beliscando-os.

Moveu-se sensualmente, sem pressa, como se fosse sair de dentro de mim. Chegou na ponta e penetrou de novo. Fez isso diversas vezes, até perceber que eu me empinava querendo mais, muito excitada. Passou a me penetrar com voracidade. Não parávamos de nos olhar pelo espelho, sem perder o prazer em nossas feições.

- Ah, Ju! Tenho vontade de ficar assim o tempo todo com você...

Inclinei-me um pouco na direção do espelho, adorando ser devorada daquele jeito. Ela sabia e me penetrava cada vez mais rápido e fundo. Gemíamos juntas, ardentes e arfantes, alucinadas de prazer.

Quando ela escorregou uma das mãos para baixo e acariciou meu clitóris, me perdi de vez. Meu orgasmo foi arrebatador, intenso, louco. Sarah me acompanhou, senti as ondulações de seu membro dentro de mim.

Ela saiu com cuidado. Virou meu corpo mole e satisfeito em seus braços e beijou-me. Só então sorriu e murmurou:

- Bom dia. Começamos bem, não?

CHANTAGEM - SARIETTEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora