CAPÍTULO 8

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Amoressssss, 

Desculpem a falta de capítulo nos últimos dias, tenho escrito, mas tô atolada de coisa da faculdade e do trabalho e só consegui finalizar agorinha! Prometo que tento postar mais um até segunda! 

Beijos e aproveitem o capítulo (esse me fez sorrir muito!)


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MARIA CLARA


Me assusto com as batidas irritantes vindo da porta da frente do meu apartamento. Eu já sei quem é antes mesmo de terminar de me enrolar na toalha e sair do banheiro com meu cabelo pingando por todos os lados.

Tenho que caminhar lentamente porque meus quadríceps reclamam e xingo Salvatore mentalmente a cada passo. Ele estava me destruindo. As aulas só ficavam mais intensas a cada dia, e apesar da dor de merda que eu sentia, nunca me senti mais disposta, mais forte.

As batidas continuam sem parar e sei que só um maluco bateria tantas vezes na minha porta de madeira recém pintada, e quando olho pelo olho mágico, encontro não só uma mas duas caras emburradas me encarando de volta.

- Abre essa porta logo, Bela Merida, a gente consegue ver sua sombra. – Cadu bufa do outro lado, endireitando seu topete loiro que não tem um fio fora do lugar.

- E eu preciso mijar, Maria Clara – Mariana resmunga num tom urgente, se remexendo de um lado para o outro.

Eu destranco a porta, já sentindo o sorriso se espalhar por meu rosto.

- Seu apartamento é literalmente no andar de cima. – Eu digo para Mariana, assim que ela corre para dentro do apartamento.

- E é usar o banheiro, não mijar, sua mal-educada! – Cadu grita recebendo um sonoro "mijar, mijar, mijar" cantarolado por Mariana, antes que ela bata a porta do banheiro.

Eu fecho a porta do apartamento e caminho para a sala lentamente, resmungando a cada passo porque meus músculos estão completamente destruídos. Salvatore não estava me poupando em nossas aulas, e isso tinha um preço desagradável. Eu havia me esquecido o quão insuportável é estar dolorida após um treino.

- Está com a periquita assada? – Cadu pergunta, se jogando no meu sofá branco maravilhoso que não combina nada com o mauricinho usando um terno de três peças sentado em minhas almofadas. Era muito fácil esquecer o quão rico Cadu era, talvez por ele sempre se rebaixar ao nosso nível de meros mortais que tinham que trabalhar muito para pagar o aluguel.

- Como a minha periquita está não é da sua conta. – Eu digo, perdendo meu cabelo num coque ensopado no topo da minha cabeça.

- É sim! Principalmente se ela está assada por causa de um italiano delicioso. – Cadu solta uma risadinha tão irritante que tenho que me segurar para não sufocá-lo com minhas próprias mãos. – Temos apostas rolando.

Suas palavras me fazem encará-lo completamente chocada.

- Apostas?!

- Sim, de quanto tempo vai demorar para você e o moreno furacão se renderem a paixão. – Ele diz, fazendo um gesto dramático ridículo com a mão.

- Não tem paixão nenhuma, seu imbecil. E espero que todos vocês percam muito dinheiro.

- Sai daqui com seu mau humor, não são nem nove da manhã. – Cadu se benze, como se fosse o homem mais religioso do mundo.

REDENÇÃO - Irmãos Fiori: Livro III - COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora