CAPÍTULO 32

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SALVATORE 


Eu não estava esperando não conseguir segurar o personagem tristonho. Mas bastou que Maria mencionasse o nome do troglodita do meu funcionário que dava em cima dela a meses para que meu autocontrole fosse para a casa do caralho. 

Maria Clara parecia muito contente em manter uma relação profissional com o merdinha do nutricionista, até esse plano maldito de me enlouquecer surgir. 

Eu mataria minhas irmãs. 

Principalmente por estarem certas. 

Porque hoje é sábado, o dia do encontro de Maria com o miserável, e há vinte minutos, Gabriel fez questão de tirar uma foto distraída de Maria Clara entrando no restaurante de Mama, usando um vestido preto que a deixava deliciosa. 

O ódio correndo em minhas veias parecia veneno, me cegando completamente. 

De todos os lugares do mundo, o filho da puta tinha que levá-la para jantar no restaurante dos meus pais? 

Me forço a olhar para a luta de MMA que está passando na televisão e a engolir a vitamina que fiz, mas não tiro os olhos do celular, esperando uma atualização de como a noite estava indo para os dois. Me jurando que se ele encostasse em sequer um fio de cabelo dela, eu o mataria. 

Eu o mataria. 

E eu acabaria com essa brincadeira idiota em breve porque já estou enlouquecendo. A ideia de outra mão a tocando, outra pessoa a fazendo rir, parecendo esmagar meu coração em uma bola. 

Maria era minha. Só minha. 

Minha, porra. 

E as horas passam. Uma, duas, três. 

O que eles tanto faziam nesse restaurante? 

Não era só comer e ir embora, porra?! 

E parecendo ouvir meus pensamentos, meu celular pisca com uma notificação do meu irmão. 

E toda a raiva que senti até agora, toda a ansiedade parece brincadeirinha de criança. 

Pois quando abro a conversa. Encontro apenas uma foto e uma mensagem. 

O texto é simples e verídico. 

"Se fodeu." 

E me fodi mesmo, porque embaixo dela, uma imagem meio borrada me encara de volta. 

E apesar da qualidade precária do zoom, o que está acontecendo é óbvio.

O em-breve-morto Matheus, tem suas mãos nojentas ao redor de Maria, e sua boca... Sua boca está nela. Na boca dela. 

O fodido está beijando ela. 

Beijando minha mulher. 

 Nem mesmo raciocino antes de sentir o grito raivoso que vem de dentro de mim. 

Estou vendo vermelho. 

Vou matar aquele filho de uma puta. 

Depois vou arrancar aquelas mãos para que ele aprenda a nunca mais tocar no que é meu. 

E depois... Depois vou dar umas palmadas na bunda gostosa de Maria para ela aprender a não brincar nunca mais com meu coração desse jeito. 

Eu sabia que merecia. Sabia mesmo que merecia comer o pão que o diabo amassou pelo que a fiz passar. Mas isso acabava agora. 

Estávamos quites. 

Gabriel envia uma outra mensagem, avisando que Maria foi embora de táxi e negou a carona do bastardo e isso me acalma pelo menos um pouco. 

REDENÇÃO - Irmãos Fiori: Livro III - COMPLETOWhere stories live. Discover now