Jesus me curou, querida. Pode te curar também.

Capítulo 20: O homem - O apartamento.

Chego no apartamento da minha nova amiga Liaja. Ela coloca a bolsa dela pequena no sofá e também as chaves. É um espaço pequeno. Tem uma estante com televisão e jarro com flores.

Liaja tira o salto e diz:

- Fique a vontade. Meu noivo tem o apartamento dele, deve está saindo de lá.

- Ok. - Falo sentando no sofá.

- Vou lavar as mãos e colocar a comida nos pratos.

- Fique a vontade.

Ela sai daqui.
Eu vejo na mesinha ao lado das chaves um livro cristão e pego. Está escrito devocional na frente.

Minha amiga aparece e diz:

- Se quiser vem comigo para a cozinha.

- Ok. - Falo colocando o livro na mesa.

Ela abre a cortina da única janela da sala de vidro que fica de frente para outro apartamento. E então levanto do sofá e vamos para a cozinha.

Liaja fica colocando a comida nos pratos e eu coloco os copos do armário em cima da mesa quadrado de vidro. Eu digo:

- Morei sozinho na outra cidade. Muita responsabilidade.

- Muita mesmo. - Ela diz cheirando a comida na panela. Ela para de cheirar a comida e diz: - Mas é bom também. Curto minha própria companhia.

- Isso é bom mesmo. Eu não te contei, mas vou falar agora. Jesus me curou do câncer.

- Nossa, isso é lindo! Você já contou o testemunho?

- Sim, na igreja do meu pai.

- Por favor conta na minha também, isso é lindo.

- Pode deixar.

Minha amiga me abraça e eu a abraço de volta. Ela diz:

- Que Deus continue te abençoando, meu irmão em Cristo.

- Amém, você também, minha irmã. - Falo.

Paramos de nos abraçar e ela diz:

- Venha, vou te mostrar meu cantinho, meu lar.

Então saímos da cozinha e aparecemos no corredor e ela abre uma porta e tem o banheiro que ela me mostra. Depois ela abre outra porta e tem o quarto que tem mesa, cadeira, computador. Livros... Ela diz:

- Aqui é meu escritório. Faço meus estudos bíblicos.

- Muito bom. - Elogio.

Ela abre outro quarto e tem a cama dela, guarda roupa, olho rápido, nem olho tudo, acho quarto privado demais. Ela diz:

- Meu quarto, onde passo menos tempo. Prefiro meu escritório.

- Eu prefiro meu quarto. - Digo.

Voltamos para sala e ela abre a janela e diz:

- Aqui posso ver a sala da vizinha completa. Que é igual a minha. Mas não fico olhando como uma fofoqueira, pelo amor de Deus.

- Não pensei nisso, os verdadeiros critãos se afastam da fofoca. - Digo olhando o outro apartamento.

- Ela me atura ouvindo louvores bem alto.

Eu ri.

Voltamos para a cozinha. Então um homem aparece e tem cabelo preto cacheado até os ombros, tem barba curta e é baixinho e forte da pele negra. Ele parece mais velho que Liaja, mas ela também parece muito nova. Ele diz:

- Boa noite.

- Boa noite, neném. - Liaja diz.

Ela dá um beijo na testa dele e eles se olham por alguns segundos, ele tem olhos pretos, covinhas nas bochechas. Vejo muita química entre os dois.
Sem querer interromper o clima, eu digo: