Capítulo 36: A garota - Mudando de ideia e tendo uma surpresa.

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- Não. Eu não vou. Estou muito cansada e com o corpo doendo.

- Você está me evitando e estou começando a odiar. - Fulano diz.

- Não estou te evitando. Só não estou bem.

- Tá. Pelo menos faça uma coisa por mim.

- O quê?

Ele sai da sala e não entendo nada. Levanto do sofá e fico andando para o lado e para o outro o esperando. Resolvo sentar, pois me sinto tonta. Nem acho que bebi tanto e já estou assim. Credo!
Fulano aparece na sala com uma peruca na mão. É uma peruca de cabelo azul até perto dos ombros liso com franja de frente.
Ele se aproxima de mim e coloca as mãos no meu rosto e diz:

- Usa essa peruca. Por um tempo.

- Pra quê? - Digo confusa.

- Lembra que uma vez você comprou essa peruca e dançou pra mim com uma fantasia? - Ele fica juntando meus cabelos e colocando no topo da cabeça e diz: - Você ficou muito sexy. Faz tempo que não me agrada desse jeito. - Ele coloca a peruca em minha cabeça e diz: - Se arruma toda com qualquer coisa bem curta e me espera.

Eu rir, ele está doido! Estou com muita dor no corpo, não consigo nem andar direito por me sentir cansada, estou tonta e ele só quer que eu use uma peruca e dance pra ele.
Eu paro de rir aos poucos e digo:

- Eu não sei não...

- Qual é gata! Há vá para o inferno então!

Ele sai do apartamento batendo a porta forte. Respiro fundo e com a mão toco na peruca. É bem bonita. Mas é um azul muito forte. Colocaria só umas mexas no meu cabelo.
Que saudade de ter dinheiro para comprar besteira como essa peruca.

Olho para a porta. Eu posso agradá-lo um pouco. Realmente hoje já o evitei demais.

Então resolvo ir atrás dele. Danço pra ele se ele não sair.
Me aproximo da escada e vejo a escada se mexendo. Não vou saber pisar direito. Melhor não descer as escadas.
Me afasto da escada e fico mordendo os lábios ansiosa. Pior que se eu for no elevador, vai ficar descendo e me deixando mais tonta ainda.
Que saco!
Paro de morder os lábios, pois sinto uma leve dor e um pouco de sangue. Devo ter machucado.

Viro em direção ao meu apartamento e fico surpresa quando o vejo. Gostaria tanto que fosse fulano, mas não. É o meu ex. É o V. Ele está parado me olhando no corredor dos apartamentos. O rosto dele está machucado com alguns curativos, será que ele andou brigando? Mas V não era disso.
Meu coração dispara, sinto frio na barriga. Não acredito que estou o vendo pessoalmente.

Acabo vomitando. V corre se aproximando de mim e coloca a mão em minhas costas e a outra mão segura a minha mão.

Não!

Eu afasto minha mão da dele e depois tento me afastar dele andando pra trás e quase caio da escada, mas rapidamente ele segura meus braços e me puxa para perto dele me abraçando e me encarando. E agora sinto muita vontade de abraçar ele também. Só que com as mãos empurro o peito dele, mas foi tão fraco que ele nem se mexe. Então ele para de me abraçar e se afasta dizendo:

- Perdão.

- Perdão? - Falo sentindo a raiva sair do meu peito. - Qual dos motivos está pedindo perdão? Porque tem vários!

- Eu... Eu quis dizer por eu ter te agarrado dessa forma. Mas é que você ia cair.

- Há. Não precisava... Preferia cair mesmo.

- C... - Ele disse se aproximando de mim.

Eu me afasto me aproximando do meu apartamento, mas paro por sentir uma tontura muito forte. Coloco as mãos na cabeça. Escuto Fulana dizer:

Jesus me curou, querida. Pode te curar também. Where stories live. Discover now