Eu ignoro a mensagem. Não sei quem está mandando, é perigoso responder um celular roubado. Isso poderia colocar meu namorado em risco.
Mas e se for... Algum amigo do V que eu esqueci o número? Na verdade esqueci o número de todo mundo, conseguir apagar isso da minha memória. Pelo menos isso. Até o número do V eu não lembro... Ok só não lembro de um número dele, o último do celular. Infelizmente lembro os outros números.
Enfim... Não posso mais ficar com esse celular, por mais que eu quero ver o V, eu preciso parar de querer. Agora eu tenho namorado. Não posso trair meu namorado com meus pensamentos.
E não posso perdoar o V.Então saio do quarto e apareço na sala do apartamento de minha amiga. Meu namorado está gritando com minha amiga. Eu grito:
- CALA A BOCA, PACO!
Ele fica em silêncio e me olha com muita raiva. Ele puxa o meu cabelo e Liaja grita:
- PARA! LARGA ELA! SOCORRO!
Ele me joga na parede e me vira em sua direção e segura em meu pescoço. Eu tento respirar. Liaja segura a camisa dele por trás e ele então me solta e segura o pescoço de Liaja. Eu grito:
- PARA! SOLTA ELA OU EU TERMINO COM VOCÊ!
Paco solta o pescoço de Liaja que respira fundo. Ele me olha e diz:
- Você sabe que não vive sem mim. Morreria de fome, de sede, de tesão. E eu roubaria seu apartamento.
Sinto dor no peito, mostro o celular na cara dele e digo:
- Toma esse maldito celular e sai daqui! Conversamos depois.
Ele sorri e diz:
- Agora sim eu fico feliz. - Ele toma o celular da minha mão e estou respirando fundo, sinto falta de ar, mas tento me controlar.
Paco me dá um beijo na testa e diz:
- Vou vender o celular e trago sua comida, querida.
Ele sai do apartamento de Liaja.
Respiro cada vez mais rápido.
Liaja me abraça, eu a abraço de volta. Mas paro de abraçá-la tentando respirar. Minha nossa.Ela fica me olhando e diz:
- Crise?
- Eu... Eu...
Não consigo falar direito. Sinto mais ainda falta de ar, corro para a janela para tentar sentir o vento. Me desespero tentando abrir a janela.
- Calma, respira C. - Liaja diz. - Tenta se acalmar se não piora.
Eu me jogo no chão. Liaja abre a janela e sinto um pouco do vento, mas não está adiantando.
Liaja corre gritando socorro.
Eu fecho meus olhos.
Abro meus olhos e vejo Liaja do meu lado segurando minha mão. Ela está em uma cadeira e eu estou em uma cama. Esse quarto parece um... Um hospital ou estou delirando?
Então vejo a mãe de Liaja vestida de médica e ela coloca aquilo que ver os batimentos cardíacos. Sei lá o nome.
Estou com algo que também não sei o nome, mas me faz respirar melhor.
Tem algo que enfiaram na minha veia.Liaja solta minha mão e me abraça com a cabeça em meu peito, ela diz:
- Graças a Deus você acordou. Graças a Deus você não morreu. Graças a Deus, minha amiga! Deus te ama e te quer perto Dele, mas Ele também quer você perto de mim.
- Voltei pra te dá mais trabalho. - Digo em voz baixa. - Você sempre me ajudando.
- Não é trabalho nenhum! - Liaja diz levantando a cabeça e me olhando com os olhos de lágrimas. - Ok? Eu amo te ajudar. Eu amo sua amizade. Chegou do nada e já significa muito pra mim. Ainda temos muito que viver juntas.
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Jesus me curou, querida. Pode te curar também.
SpiritualObs: guardem na biblioteca, a história ainda não está pronta. Faltam os nomes dos personagens e tudo mais. Não tem como ler sem os capítulos decididos. Mas guardem, vai ser muito legal! Deus abençoe! Existem doenças que precisam de tratamento, mas s...