Capítulo 63: A garota - Perto um do outro e ciúmes

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- Eu vou.

- QUE ÓTIMO! - V diz gritando. Ele fica rindo e com voz normal, diz: - Obrigado.

Eu sorrio. Fulana diz:

- V, já que amanhã é segunda e tem culto na igreja do seu pai. Eu estava pensando em ir lá com a C e meu noivo. Sempre tem culto a noite não é? Segunda, sábado e domingo.

- Sim. E na sua igreja são os dias sexta, sábado e domingo, de manhã e de noite.

- Isso mesmo. Na sua é só a noite, então você não vai poder está presente. Mas gostaria muito de conhecer os seus pais.

- E os dois querem muito te conhecer. Então será incrível se vocês forem.

Estou sem reação. Não estou pronta para ver meus ex-sogros. Eu digo:

- Eu vou ficar no seu apartamento, C. Se não se importar.

- É claro que me importo! Você vai me ajudar a não ter vergonha de falar com os pais do V.

- Você com vergonha? Não pode mentir, cristãzinha.

- Tá, eu estou bem melhor na timidez. Mas por favor, preciso da sua companhia. E você está ótima com Deus.

- C, se não quis não precisa falar com meus pais. - V diz. - Vai por Jesus.

- Ok, ok, eu vou.

No dia seguinte... Fico usando uma calça jeans, uma blusa e um sapato. E fulana está usando um macacão jeans e um salto rosa. Fulano está usando terno. Então todos pegamos o uber e vamos para a igreja do V.

Chegando lá, estou com as mãos tremendo, Fulana segura em minha mão e entramos de mãos dadas na igreja. Vejo imediatamente minha sogra, digo, ex-sogra. Ela está cada vez mais bonita. Ela parece surpresa em me ver, até para de falar com o senhor. E quando o senhor vira em minha direção percebo que é meu ex-sogro. Estou muito sem graça.

Os dois ficam se aproximando de mim lentamente. Fulana diz:

- Olá. A paz do Senhor.

- A paz do Senhor. - Fulano diz. - Vamos, querida, vamos procurar um lugar.

- Sejam bem vindos. Sou o pastor dessa igreja e essa é a minha esposa.

- Há, meu Deus! Me desculpe, é que não tem crachá escrito pastor, claro que não. Enfim, eu nem percebi, muito obrigada, finalmente estou conhecendo o senhor e a senhora.

- Então já ouviu falar da gente, princesa? - minha ex-sogra diz.

- Sou a melhor amiga do filho de vocês.

- Meu Deus!

- Minha nossa, fulana, finalmente! Nossa, parece uma boneca.

- Que linda! Obrigada. Esse é meu noivo, fulano.

- Sejam bem vindos.

- Depois se puder marca um jantar conosco.

- Com certeza. Essa é a minha melhor amiga, C.

Abaixo a cabeça quando os dois me encaram. Escuto minha ex-sogra dizer:

- Eu não sei se você vai gostar disso, C, mas vou te abraçar.

Eu levanto a cabeça a olhando e ela me abraça, fulana solta minha mão e eu abraço minha ex-sogra de volta. Meus olhos enchem de lágrimas e respiro fundo, não posso chorar na frente deles.

Tudo em minha mente passa rapidamente, lembrando quando eu congregava aqui. Como eu me sentia feliz. Depois me lembrando dos momentos com meus sogros. Depois me lembrando de como o V me tratou e foi embora. E também depois resolvi ir embora e nem me despedi dos meus ex-sogros.

Jesus me curou, querida. Pode te curar também. Onde histórias criam vida. Descubra agora