Capítulo II

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Naquele Prédio, Existe Um Alfa...
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     A salvo, de frente para a porta de seu quarto, Dio se deu ao luxo de parar de correr e retomar o fôlego que foi perdido pelo caminho. Se apoiou nos joelhos bambos. Sua visão ainda estava embaçada e o seu íntimo parecia esmurra-lo por dentro enquanto os seus hormônios o subjugavam sem piedade.

Quando conseguiu se trancar em seu quarto, aos tropeços, chegou perto da cômoda de roupas, abrindo a gaveta onde guardava as suas pílulas num potinho de vidro.

Suava frio, embora sentisse o seu sangue ferver em suas veias. Xingava-se mentalmente, pois, de sua boca, só saíam gemidos sôfregos que há tempos não os ouvia.

Burro e descuidado! Nunca mais faça isso, nunca mais esqueça essa merda, porra!

Abriu a tampa do potinho com as mãos trêmulas e tirou de lá dois blocks, tomando-os rapidamente. Tampou o pote de novo e o largou na gaveta aberta, depois, retirou peça por peça de suas roupas para cair nu em sua cama.

A pressão de seu peso contra o seu membro duro no colchão foi o bastante para ele se contorcer quase que involuntariamente. Sorte que o seu gemido alto havia sido abafado pelo travesseiro, senão, tinha certeza que todo o dormitório o ouviria.

Até o efeito das pílulas fazer o seu trabalho, Dio precisou apelar para a mão e se desfazer quantas vezes fossem necessárias até que tudo aquilo acabasse.

Lembrou-se de um dildo preto de borracha que usara uma vez, que o ajudaria a se satisfazer, porém, ficou só na lembrança, afinal, naquele estado, Dio não teria condições de procurar por qualquer coisa que fosse.

O seu pênis latejou com o lampejo sensorial daquele cheiro que sentiu do quarto do alfa. Acreditou por um momento que as suas roupas jogadas no chão estivessem impregnadas com ele, entretanto, com a mente enevoada, Dio passou a alucinar sobre uma presença próxima, tocando o seu corpo como àquele dedilhar nas cordas do violão.

Ficou de quatro sobre a cama, com o quadril empinado e a cabeça deitada no travesseiro e com uma das mãos massageando a glande do pênis, inchada e gotejante, por baixo. Com a outra, por cima, rodeava com os dedos a sua entrada úmida e receptiva, para então penetrá-la com eles.

Se odiou por aquela submissão ridícula, ainda que dissesse abertamente ser ômega; o problema era esse cio tão avassalador que o reduzia a nada além de um corpo sensível que reagia a diversos estímulos e que gemia com tudo.

Essa vulnerabilidade não combinava em nada com a sua verdadeira personalidade. E por muito tempo Dio acreditou que, ser ômega, era um castigo divino, uma praga que lhe jogaram para que tudo em sua vida fosse mais difícil.

Acabou que se saiu vitorioso de seus maiores perrengues e pôde esfregar a sua conquista na cara de seu progenitor alfa, que nunca o apoiara, sempre o diminuindo ao descobrir que o único filho não era alfa.

Esse tormento não durou muito tempo, pois Dário Brando morreu logo depois. Que Dio tratou de considerar como uma vitória pessoal.

Mordeu o lábio inferior com força, tirando sangue, com o intuito de sentir dor ao invés daquele prazer inacabável e ter de volta o controle de seu corpo. Mas a sua mente o sabotou o fazendo fantasiar com o alfa que o afetou com tamanha violência.

O alfa imaginário não passava de um borrão em sua visão, entretanto, o que ele fazia consigo naquela fantasia pecaminosa foi o suficiente para uma nova explosão causar belos estragos. O seu orgasmo veio arrancando um gemido alto e sem pudor algum.

Âmbar No Azul-Celeste [✓]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang