Âmbar No Azul-Celeste [✓]

Capítulo XXXIX - Bônus

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A Carta De Gregório Zeppeli Para Caesar
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14 de Novembro de 1974

          Caro Caesar Zeppeli,

É com grande pesar que escrevo esta carta, sabendo – por intermédio da sua – que os filhos de William, meu querido e falecido primo, descobriram a existência de uma relíquia da família desta forma.

Mas devo dizer, de antemão, que não posso condenar George Joestar por suas escolhas. Ele havia perdido o amor de sua vida, naquela época. E não podia permanecer naquele tormento por mais tempo, porque ainda tinha os três filhos pequenos pra criar. E se desfazer das coisas de William pareceu certo pra ele, lembrando-se que ele era apenas um homem transtornado pelo luto.

Nem todos apenas choram inconsolavelmente pela perda. E devemos nos lembrar que somos todos falhos. E merecemos também a misericórdia.

Sim, é claro que eu poderia ter pedido que ele me enviasse as coisas de William, mas quando eu soube, George já havia tomado a decisão e agido... e, numa noite de bebedeira, ele havia se arrependido e me confessado. Mas já era tarde demais.

Aconselhei-o de que era melhor assim, afinal, ele deveria pensar nas crianças. Que elas ainda precisariam dele inteiro, presente... e ele fez o que pôde. Continuou cuidando dos empreendimentos da família e sendo o homem rico que ele sempre foi.

Não posso atestar se George foi ou não um bom pai, mas acredito que ele não tenha contado essa história para os filhos com medo de ser julgado... pois era algo que ele vivia repetindo, naquela época, como quem antecipa o pior cenário de uma situação: ele dizia que perderia o respeito dos filhos. E só posso lamentar que a relação deles tenha chegado a esse ponto.

Em todo caso, estarei a disposição para qualquer dúvida que Jonathan ou mesmo Joseph tenham sobre William. Esperarei ansiosamente por suas cartas.

Atenciosamente,
Gregório Zeppeli —