Eu to contanto as horas os dias
Monótono e repetitivos
Minha bagagem pesa
Meu cansaço
Me torturaFoi a muito tempo
Que o sol se pos e não voltou
Agora vejo a lua ir
Levando companhia das estrelasVaguei pelo breu eterno
Não consegui sentir
Não consegui ver, falar
Solidão era única companhiaEu pensei
Pensei tanto que afoguei
Sangrei
ChoreiNo fim voltei ao início
Sol frio
Manhãs nubladas
Uma mera ilusão da felicidade
Espinhosos sem floresQuando vi
Me senti pressionada
O peso da terra esmagava minha alma
A sete palmos
E não havia nenhuma grama sequer
Sobre túmulo de meus sentimentosMeu grito não tinha som
Foi desesperador
Perdendo a cabeça em meio a multidão
Ninguém estendeu a mãoPassos apressados
A mochila em minhas costas pesavam como mortes de guerreiros
Eram meus anjos e demôniosDo céu caía sangue
Impreginava em minhas vestes brancas
Senti meu pulmão arder
O ar não chegava até meu estômago
Por isso as borboletas sufocaram
Morrendo silenciosamente
Como se nunca existissemSentada na beira
Observei horizonte
Ele dançava em espirais
Com certeza minha sanidade havia me deixadoProcurei por casas, lares
Estavam todos vazios
O som de sorrisos tristes ecoavam
E minha mente se sentia perturbadaEstava perto
Cheguei a meu destino
Mas se tornou um deserto
Sem cactos
Sem areia
Sem pazChorei
Sangrei
Sorri
E não cheguei a lugar algum.
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Angústia & Poesia
PoetryO poeta sempre será produto da angústia ____ • Plágio é crime! ___ ☆ #1 Indagações (18/10)