Existir

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Existência

Limites que me cercam
Moldam meu porcelanato espesso
Garantem meus sentidos flagelos
Aprisionam minha alma inquieta
No silêncio de meu corpo mudo

Carne e sangue que sufocam meu espírito
Contém os farelos de meu ser vazio
O ar infla meus pulmões famintos
A busca incessante de que exista
Mas o vazio domina

Esparramada sobre substâncias
Minha exencia se perdeu em meio às estrelas
Nuvens pesaram e trovoaram
Sobre os átomos sensíveis
Agora dispersam
Me perco

Eu volto
Presa e contida
Num mundo que me cerca de mentiras e matéria
Sou um produto com defeito
Não encaixo neste corpo pequeno

Me pego fugindo
Encolhendo e remoendo a busca da liberdade
Mas está prisão me cerca por todos os lados
Estou cansada deste peso
Tão frio, tão vazio, tão escuro

Farta desta cela de ossos
De minha existencia tão frágil.

Saturna
M.B

Angústia & PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora