Corroer

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Sobe por minhas entranhas
Presságio do fim
Vermes imaculados gospem sangue podre
Só nos restou destroços

Fugiu sufocada
Saídas estreitas
Entre estátuas e gelo com trovões que partiam a terra

Sangue e veneno se misturam neste breu
Ressou pelos cantos
Presença horripilante
E não soube o que fazer

Angústia crescente
Eclodiu em tua mente sob estado inebriante
Teu nepente perdendo efeito
Teve de se derreter em terra para crescer acima dela

Rasgando e brotando
Cantos enfermos
Teve muita coisa que não te contaram
Então se moldou nas mentiras

Fuga e ilhas
No meio da neblina
Corações costurados como Frank stain
Uma mente quebrada
Foi assim que nasceu da loucura cega
Que te cerca em toda esquina

Decapita esperança
Abraça ilusão
Sonhos e pesadelos se misturam até que não possam ser negligenciados

Ultra violeta
Tingiu teu corpo na cor quente dos olhos inundados de luxúria
Movendo-se como uma cobra experiente
Tomando pontos vitais

Engula tua escória
Encorpora tua alma que a tempos se prende sozinha naquele quarto sombrio
A liberdade chama
Berra
Está implorando para que venha

Rastejando pelo chão você hesita
Aperta o gatilho
Não se permite enxergar a luz
Ela cega

Cisney negro inefável
Não ousou dizer uma palavra
Fez gestos e caretas
Então se debateu no chão frio
Até parar o coração vazio
E vazar alma e espírito
Num céu encoberto

Foi seu tragico fim.

Milena.

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