As voltas de um abismo

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As voltas de um abismo

Serpenteia angústia
Entupindo veias e vazando sangue

Sinto algo desmanchando
Craquelando sobre mais uma parte que perco de mim
Por que esse terror consome
Ressoando sombras pelos cômodos
E cantos de lembranças

Estou vulnerável no chão frio sob luz da lua
Uma pena voando com vento
Levada e largada

Minguando em espaços abertos
Apodrecendo sobre a terra
Enebriante contato com irreal

É autodestrutivo e por isso eu estou corroendo como as cinzas de um cigarro

Tóxico e quente
Eu esfrio até meu corpo se abster de vida
Então eu choro pateticamente

Me segure em seus braços
Estou no fundo do poço e preciso de um abrigo
Eu sozinha não suporto
Oh Deus
Você sabe que não posso lidar com isso sozinha

Estou implorando sem medo
Eu preciso de ajuda

Estou definhando
Caindo nesse abismo e meu grito não sai
Me desespera

Não me solte aonde sangue foi derramado
As marcas de um passado que não quero lembrar
Mantenha longe de meu espírito
Antes que se parta sem haver volta.

Milena
Satu-chan

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