sacrifício cego

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Eu tomo mundo nas mãos
Sei que não é certo
Cavo minha própria cova
Não sei dizer não

Raízes profundas
Incômodo em minha consciência
Se eu apenas pudesse me desfazer
Viver normalmente
Sem esse peso extra que pego de todas as esquinas que passo

Assombra minha alma
Incrosta em meu ser
Me dê um tiro
Estoura meu crânio
Movimenta este trem

Contínuo empacada nesta estrada
São tantas mãos
Me seguram
Eu fico
Não resisto

Não é bondade
É ignorância
Da forma mais perigosa
Na qual renuncio todo meu ser
Por outro alguém
Que não vale todo este esforço

Ninguém vale.

— Saturna
M.B

Angústia & PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora