Não há valor

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Que valor há
Em alguém solitário?

Alguém vazio de sensações e companhias
Não vale o chão em que pisa.

É tão simples
Me desculpar por cada passo que dou
Sabendo que não há dúvidas
De que a culpa é completamente minha.

De que estou cansada e sem motivação alguma
De que não importa as razões
Eu poderia desistir.

Tudo pelo que vivo não vale nada
Em frente a morte incerta
Destinada.

Tudo que me resta é a estrada
Um caminho frio, solitário
E tudo ao seu redor é um mero segundo dando seguinte a outro sem fim.

Eu não observo
Não alcanço horizontes
Qualquer caminho me serve
Qualquer fim me basta

Uma alma vazia
Carece do valor da vida

Uma alma vazia
Não vale o chão em que pisa

Por isso é tão simples para mim
Pedir perdão a cada passo.

Saturna
M.B

Angústia & PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora