Resquícios

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Meus ossos estão quebrando
Rasgando minha alma
Compondo canções
Uma sinfonia ruidosa que alastra pelos pilares frágeis
Craquela todos os olhares

Cada sussurro preenche o espaço em vazio
Sombras e cláusulas perdidas
Rasgando, puxando, lembrando
Enquanto sangro

Sufocante anseio
Me naufraguei sob as memórias
É preciso voltar
Mas eu não consigo

Aterra em meu peito
Me pede tempo que dura um para sempre
Destrói
Sou uma metamorfose
Composta por destroços e cordas

O sol nasce
Uma manhã pálida que colore a madrugada fria
Não posso sair daqui

Eu nego até poder enxergar
E me canso todas as vezes.

— Saturna
M.B

Angústia & PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora