Madrugada

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A luz da lua passou pela janela
Ela ainda encarava o teto
Com mesmo sentimento
De todas as noites

Sufocada nos anseios
As lágrimas caíam
Os sonhos não vinham

Cada fracasso a cortava
Cada remorso a marcava
Toda falta se fez presente

O vento passou da janela
Até debaixo de suas cobertas
A arrepiou
A lembrou de sorrir
Porquê mesmo morrendo
Sua mãe andava nos corredores
E as máscaras eram necessárias
Porque ela sabia que as palavras nunca sairiam

Ardeu em chamas
Seu peito
Tudo estava perdido
Até sua fé
Pra onde mais ela iria?
Se não houvesse medo
O que ela faria?

Foi tão sufocante
Porquê ela ainda não conseguia dormir
O sol nascia
E ela morria
O cenário a sua volta
Era tão falso quanto seus sorrisos.

— Satu-chan
M.B

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