Cegos

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Ovelhas confinadas
Lobos soltos
Nada faz sentido nesta selva

E esses presídios
Erguidos e distribuídos
Fazem convite ao suicídio

Degradam cérebros como vermes em carne podre
E nós apoiamos
Vítimas de nossos próprios reflexos, escolhas, ignorância

A pátria mata
Sufoca, transborda ignorância

Uma dose de dopamina
Um copo, uma musica
E sofás demarcados
Somos presidiários
Escravos do que consumimos
Produzimos, mas não possuímos

Somos leigos
Vendemos Qi
Sempre ficamos nas sobras
Sombras do poder
Invisiblizados pelo próprio sol que levantamos
Oh céus
Talvez seja tarde demais.

— Saturna
M.B

Angústia & PoesiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora