𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐒𝐡𝐨𝐭 - Dofia (Concluída)

➹Capítulo vinte e três➷

𝙎𝙤𝙛𝙞𝙖 𝙋𝙊𝙑

Eu sei que não sou a pessoa mais aberta do mundo para falar sobre meus sentimentos, frustrações, emoções, mas se tinha uma coisa que eu precisava confessar é que nunca me decepcionava das conversas que tinha com meus pais, em especial com meu pai que sempre demonstrava me compreender da forma mais inexplicável possível. Era como se ele tivesse em meu coração e soubesse exatamente como eu me sentia, mesmo quando me faltavam palavras para descrever essas sensações.

Minha mãe sempre falava que essa ligação era por sermos tão parecidos, motivo esse que me fazia sentir orgulho, pois meu pai era uma das pessoas de quem eu mais sentia orgulho na vida. Bom, não importava a explicação. O fato é que, mais uma vez, conversar com meu pai tranquilizou meu coração inquieto. Claro que todas as especulações midiáticas em torno da minha vida confusa me incomodam bastante.

Primeiro, porque eu odiava aquele tipo de fofoca maldosa. Segundo, porque odiava ainda mais o fato de ter minha vida particular exposta. Nunca concordei que o fato de me tornar alguém conhecida desse direito para a mídia expor minha vida com noticias sempre recheadas de mentiras. Por mais que as pessoas não quisessem compreender. Enfim, essas eram apenas mais uma coisa no meio de tantas, então eu não via motivo para tanta falta de privacidade.

Contudo, não era apenas isso que estava me incomodando, mas principalmente o medo de existir complicações. Normalmente eu não conseguia estabelecer uma boa convivência com pessoas desconhecidas com tanta facilidade. Porém, apesar do pouco tempo cruzando com a tal loira eu podia garantir que ela me conquistou tão facilmente que eu sequer sabia explicar como ou quando aconteceu.

Conversar com meu pai me fez compreender que eu iria precisar ter muita sabedoria e paciência para lidar com aquele tipo de situação. Afinal, o que escolhi para mim não era apenas um mundo de vitórias, tinha também consequências assustadoras. Aquela não seria a última vez que eu iria precisar escolher entre ignorar ou explodir diante das inverdades. Eu não sabia até que ponto era capaz de aguentar tamanha pressão, mas sentia necessidade de me provar.

[...]

𝙀𝙡𝙖 𝙖𝙗𝙧𝙞𝙪 𝙪𝙢 𝙨𝙤𝙧𝙧𝙞𝙨𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙢𝙚 𝙩𝙞𝙧𝙤𝙪 𝙤 𝙛𝙤̂𝙡𝙚𝙜𝙤, 𝙖𝙘𝙝𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙪 𝙣𝙪𝙣𝙘𝙖 𝙫𝙤𝙪 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙚𝙜𝙪𝙞𝙧 𝙢𝙚 𝙖𝙘𝙤𝙨𝙩𝙪𝙢𝙖𝙧 𝙘𝙤𝙢 𝙚𝙡𝙚𝙨 𝙚 𝙤𝙨 𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙙𝙞𝙫𝙚𝙧𝙨𝙤𝙨 𝙚𝙛𝙚𝙞𝙩𝙤𝙨 𝙨𝙤𝙗𝙧𝙚 𝙢𝙚𝙪 𝙘𝙤𝙧𝙥𝙤. 𝙀𝙡𝙖 𝙚𝙣𝙡𝙖𝙘̧𝙤𝙪 𝙢𝙚𝙪 𝙥𝙚𝙨𝙘𝙤𝙘̧𝙤 𝙚 𝙚𝙪 𝙖𝙥𝙧𝙤𝙫𝙚𝙞𝙩𝙚𝙞 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙛𝙖𝙯𝙚𝙧 𝙤 𝙢𝙚𝙨𝙢𝙤 𝙘𝙤𝙢 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙞𝙣𝙩𝙪𝙧𝙖, 𝙙𝙚𝙞𝙭𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙖 𝙖𝙣𝙨𝙞𝙚𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙢𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙪𝙢𝙞𝙨𝙨𝙚 𝙥𝙤𝙧 𝙫𝙚𝙧 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙡𝙖 𝙢𝙚 𝙤𝙡𝙝𝙖𝙫𝙖 𝙙𝙚 𝙪𝙢𝙖 𝙛𝙤𝙧𝙢𝙖 𝙙𝙞𝙛𝙚𝙧𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙥𝙧𝙤𝙛𝙪𝙣𝙙𝙖, 𝙘𝙤𝙢 𝙙𝙚𝙨𝙚𝙟𝙤. 𝙀, 𝙚𝙢 𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨, 𝙚𝙡𝙖 𝙢𝙚 𝙥𝙪𝙭𝙤𝙪 𝙚 𝙨𝙚𝙡𝙤𝙪 𝙣𝙤𝙨𝙨𝙤𝙨 𝙡𝙖́𝙗𝙞𝙤𝙨. 𝙐𝙢 𝙗𝙚𝙞𝙟𝙤 𝙣𝙚𝙘𝙚𝙨𝙨𝙞𝙩𝙖𝙙𝙤, 𝙘𝙝𝙚𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤𝙨 𝙚𝙣𝙫𝙤𝙡𝙫𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙚 𝙖𝙣𝙨𝙚𝙞𝙤. 𝙐𝙢 𝙗𝙚𝙞𝙟𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙚𝙘̧𝙤𝙪 𝙜𝙚𝙣𝙩𝙞𝙡, 𝙢𝙖𝙨 𝙦𝙪𝙚 𝙖𝙜𝙤𝙧𝙖 𝙚𝙪 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙖 𝙪𝙢𝙖 𝙩𝙚𝙣𝙩𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙞𝙢𝙚𝙣𝙨𝙪𝙧𝙖́𝙫𝙚𝙡 𝙙𝙚 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙣𝙨𝙞𝙛𝙞𝙘𝙖́-𝙡𝙤.