𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐒𝐡𝐨𝐭 - Dofia (Concluída)

➹Capítulo quarenta e sete➷

𝘿𝙤𝙫𝙚 𝙋𝙊𝙑

Semanas haviam passado, aparentemente Sofia não tinha ficado com nenhuma sequela da suposta bala que atingiu sua coluna, mas precisaria de algumas sessões de fisioterapia para ter certeza que nada aconteceria depois disso. Mas o seu estado de saúde ainda era delicado, quando achávamos que ela iria melhorar seu corpo rejeitava alguns dos remédios o que fazia com que fosse necessário mudar toda sua medicação. O problema no seu fígado ainda era razoável, nada com que houvesse preocupação.

Presenciar Alexia lutando pela vida foi a coisa mais angustiante que vivi, tá certo que todo mal que ela me causou precisaria ser pago, mas ver ela nesse estado era doloroso, eu nunca desejei o mal da mesma. Nos primeiros dias o quadro clínico dela era grave e os médicos já não tinham esperança, mas ela continuou ali, firme, lutando para agarrar uma segunda chance que o destino lhe desse, mas infelizmente não foi o que aconteceu, depois que acordou ela foi só piorando drasticamente, que seus pais optaram pela opção de desligar os aparelhos respiratórios que a mantinham viva.

Nos últimos dias eu vivia meu tempo naquele hospital, era raro quando meus pais ou sogros conseguiam me convencer a sair do lado de Sofia. Lincon e Evelyn também se dependesse deles não sairiam dali, mas depois de todo esse susto, passamos a redobrar a segurança deles em todo o lugar e tendo o cuidado possível, a mídia toda já sabia de todo o ocorrido e até mesmo que Sofia tinha saído machucada nisso, era horrível ver o quanto alguns só diziam mentiras sobre tudo.

[...]

Mas uma vez eu estava ali na sala do médico, acompanhado dos meus pais e sogros. De acordo com ele o assunto sobre Sofia era sério e precisávamos tomar uma decisão.

- Bom, eu sei que a última coisa que vocês queriam era notícias tristes - começou a falar - Mas a paciente Sofia, não esta respondendo ao tratamento médico e a nossa a única esperança agora será mesmo o transplante de fígado, seu estado de saúde só tem piorado drasticamente e se não corrermos com isso ela não terá muito tempo de vida!

- Como isso é possível? - perguntei - A dois dias ela tinha melhorado 80% e agora simplesmente piorou. Não faz sentido - comecei a andar pela sala nervosa - Pelo menos me diga que ela é a primeira na lista de transplante? - perguntei.

- Como o caso dela é grave, já colocamos ela no topo da lista. Mas é muito raro encontrar alguém que seja compatível - respondeu o médico.

- Que merda! Eu queria tanto ajudar, mas não chego nem perto de ser compatível com ela - suspirei.

- A única pessoa compatível com Sofia... - olhei para minha sogra rapidamente - Seria Paulina, mas depois de tudo que aconteceu...

- Poderia ser uma doação diretamente anônima - sugeriu o médico.

- Sofia nunca aceitaria! - comentei - Deve ter outra pessoa!

- A essa altura do campeonato fica difícil - disse o médico.

- Não me diga que isso é difícil! - gritei.

- Dove, calma! - pediu meu pai.

- Não, papai! Eu tô cansada, literalmente cansada - me sentei - Ela estava bem e agora simplesmente pode morrer...

- Nós iremos dar um jeito - disse meu sogro - Se ela sobreviveu a tudo isso, tenho certeza que pode aguentar mais um pouco!

- Estamos fazendo o possível para agilizar tudo - disse o médico - Mas não depende só de nós!

- Qual o típico sanguíneo dela? - perguntou minha mãe e eu a encarei.

- O tipo sanguíneo dela é O-, a pessoa doadora precisa ter compatibilidade sanguínea e imunológica com o receptor que no caso é a Sofia - respondeu o médico.