𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐒𝐡𝐨𝐭 - Dofia (Concluída)

➹Capítulo quarenta e três➷

𝙎𝙤𝙛𝙞𝙖 𝙋𝙊𝙑

Tínhamos chegado na casa dos meus pais a um bom tempo, Dove particularmente estava em prantos nada do que fizesse acalmava a mesma, enquanto eu tentava manter toda a calma possível. Nossos pais tentavam a todo custo entender toda essa situação, já tinha contatado uma amiga da família que era da polícia e a mesma já tinha entrado com mandado de buscar por toda a cidade, meu celular praticamente estava sobre as mãos da polícia para qualquer alarme de contato de sequestrador.

- Isso tá me matando a cada segundo - Dove disse após um longo tempo de silêncio.

– Calma amor, assim você está dificultando minha capacidade de raciocinar – falei firme para ela que andava de um lado para o outro – Não tem como sabermos agora a resposta para tudo isso, mas tenho certeza que a delegada vai descobrir alguma coisa útil

Após horas e ainda sem notícia alguma, não tinha nada que pudesse ser feito à não ser aguardar pela ligação do tal sequestrador, o que demorou mais do que o esperado. Depois de algumas horas, que para mim foi uma eternidade, a porta do apartamento se abriu revelando uma delegada séria.

– E então o que descobriu? – Dove partiu para cima da delegada como um foguete.

– Deixa ela respirar pelo menos, amor – também fui em direção à outra tentando conter a vontade que sentia de me jogar em seus braços.

– Calma, eu vou responder a tudo, mas preciso sentar um pouco, estou exausta – respondeu.

 – Então? – a ansiedade na voz de Dove estava visível.

– Nós não encontramos nada que pudesse nos levar até o responsável pelo sequestro - respondeu.

– Como assim? – Dove parou diante da delegada parecendo confusa.

– Bom, o fato é que analisando todo o prédio e chegamos à conclusão que apesar de termos apenas um responsável o mesmo não agiu sozinho, as câmeras de segurança foram desligadas. Não tivemos sequer como analisar imagens que nos levassem a suspeitos. Logo, qualquer um naquele prédio seria suspeito, isso se... - ela deu uma pausa em seu pronunciamento, apesar de ser sempre tão séria naquele momento percebi que existia incômodo em sua expressão. Seus olhos não conseguiram sustentar os meus.

– Se o que? Anda, fala de uma vez - Dove beirava o desespero.

- Entendam que nesse momento estou procurando proteger vocês seja lá de quem esteja por trás desse sequestro, diretamente à pessoa quer atingir vocês ou qualquer um aqui presente nessa sala - respondeu – O inquérito policial será instalado e as procuras por eles aprofundadas, nesse momento precisamos ser cautelosos. Existe muita coisa em jogo e sua família é a principal – a delegada era firme com Dove que quase soltava fogo pelo olhar – Não adianta ser imprudente agora, você agir com a impulsividade de costume não vai ajudar em nada. Será que não percebe que do jeito que está nervosa e sem raciocinar direito vai pegar as informações que receber e fazer besteira? - perguntou.

- Eu só quero eles em casa e ao nosso lado - respondeu.

- E nós logo teremos eles, amor - respondi abraçando a mesma - Só precisamos ser pacientes nisso tudo!

– Então você sugere que eu fique aqui sentada sem fazer nada para salvar as crianças! - Dove sorria com sarcasmo discordando do posicionamento da delegada. Troquei olhares com a minha sogra e nós duas temíamos onde aquela discussão poderia parar. Dove era um verdadeiro terremoto em suas emoções naquele momento, mas apesar da tentativa de manter a calma a delegada já dava sinais da sua perda de paciência.

– Eu sugiro que se acalme e então poderemos voltar a conversar. Agora larga de agir como uma menina mimada, você não está diante de qualquer pessoa, tão pouco está tratando de assuntos fúteis como era do seu costume. Você vai esperar e sinto muito se não tiver maturidade suficiente para lidar com isso - indagou a delegada.