FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]

Capítulo 10

Tava aqui relendo uns trechos da minha filha número dois e chorando... mamãe ama tanto, fica tão orgulhosa da evolução, da superação... ah gente :,)

FRANCINE

Meu rosto estava pegando fogo. Aquela altura, a solícita vendedora já encontrava-se voltando quando o sorriso sumiu do seu rosto ao me pegar naquele estado, exageradamente vergonhoso, supus.

Encarava o vestido de cetim, me imaginando com ele enquanto Diego me olhava com aqueles malditos olhos que tanto acho perfeito.

A imagem que formou na minha cabeça foi o suficiente para que minhas bochechas aumentassem o tom de rosa.

— Você está bem? — Se apressou, tocando levemente meu braço.

A ação fez com que eu piscasse repetidas vezes antes de focar em seu rosto.

— Estou, só está um pouco... quente. — emiti ainda desnorteada.

E como estava...

O coração retumbava em batidas rápidas e fortes, como se esmurrace a caixa torácica e a vergonha já tinha assumido seu lugar.

Apontei a peça que ele falara e escolhi mais algumas que eu, por fim, decidi levar.

Não sabia, sequer tinha noção, de que alguns retalhos de tecido seriam absurdamente caro, mas foi. Quando saí da loja, fiz na certeza de que um dos meus rins havia ficado lá.

Tentava tirar da minha cabeça a todo custo o fato de estar me preparando... Olhei as sacolas e decidi por fim que era melhor ficar preparada por que eu tinha uma leve noção de que não conseguiríamos ficar longe da cama. Arquejei, e optei não pensar muito naquilo.

Após resolver tudo, eu ainda comprei mais algumas coisinhas que achei necessário e voltei para casa.

No caminho de volta, me questionava o que iríamos fazer quando chegássemos lá em Nevada, a idéia de passar um tempo com Diego, em um quarto, pareceu, como posso dizer... quente demais para a minha cabeça.

Subitamente, naquele momento, a idéia de viajar não parecia mais tão adequada. Quer dizer, Diego era lindo e isso não tinha como negar, eu não sou cega. Mas, eu não fazia isso com frequência, sexo, eu quis dizer. Eu não conheçia um homem em uma noite e na outra já estava me enroscando com ele e viajando meio mundo, era tudo novo e de uma intensidade alarmante.

Ele meio que era impetuso demais e isso acabava por me contaminar ou nublar e eu cedia. Meu temor era acabar cedendo demais e, como falei, não queria sofrer após tudo isso findar, porque ia, com toda certeza.

Em um mês, isso iria acabar.

Eu já havia me acostumado com o fato de que ninguém permanecia na minha vida. Não que eu quisesse que Diego ficasse.

Sendo realista, eu queria que ficasse, nem que fosse como amigos quando tudo tivesse um fim.

Cheguei em casa quase dando seis da tarde. Eu precisava andar rápido para deixar tudo em ordem e não correr o risco de esquecer nada, e assim eu fiz. Ao entrar em casa fui diretamente para o quarto onde encontrei minha mala aberta com todas as minhas roupas espalhadas pela cama.

Suspirei.

Antes de realmente arrumar tudo, pus o que havia comprado mais cedo pra lavar e voltei para organizar a bendita.

Algumas horas mais tarde a casa já estava limpa, já tinha jogando lençóis sobre os móveis e posto a roupa pra secar.

Nesse meio tempo recebi uma mensagem de Diego avisando que passaria aqui no outro dia ao meio dia para irmos.