Capítulo 21

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FRANCINE

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FRANCINE

Uma semana.

Eu já estava ali à uma semana e parecia um ano inteiro no inferno, olhando na cara do capeta.

Estávamos indo até o consultorio de um médico particular para então mostrar os exames. No hospital, me falaram de uma suspeita de úlcera devido aos sintomas.

Minha mãe assim que entrou no carro, sentou na outra janela e virou o rosto para a rua.

Então eu abri a porta ao lado do motorista e me acomodei, ignorando-a por completo. Ela não falava comigo, aceitava tudo de forma relutante porquê sabia que se não fizesse as coisas poderiam piorar para ela.

Mesmo que eu tenha visto o quanto seus olhos brilharam ao mirar o carro de luxo que a esperava do lado de fora do hospital quando teve alta dias antes.

Eu também percebia que quando eu estava falando com Diego ela sempre se mantia atenta a cada palavra que saía da minha boca.

Como se só estivesse esperando o momento certo, um vacilo para entrar em cena.

Eu nem queria imaginar como agiria se soubesse quem Diego é.

Minha licença no colégio já havia acabado e eu não sabia o que fazer. No entanto, antes de saírmos, eu havia mandando um email para o diretor Vinícius explicando tudo, anexei também fotos de toda a papelada do hospital.

Não conseguia deixá-la sozinha apesar de tudo.

Noites atrás, mesmo tomando os remédios, eu ouvi enquanto gemia no quarto, sentindo dores. Vi também quando acendeu a luz e correu para o banheiro onde forçou-se a vomitar o pouco do jantar que engerira. Eu apareci na porta do meu antigo quarto, onde estava dormindo, e pensei em ir até ela, mas, quando avancei o primeiro passo, minha mãe já retornava e me lançou um olhar atravessado que me fez parar e então entrou no quarto, ficando lá até a tarde do outro dia.

Fábio sumia o dia inteiro, era impressionante. Só aparecia para perguntá-la como estava e então desaparecia outra vez como num passe.

Mas era a melhor assim, porque eu sabia que iríamos acabar brigando, como antes, pelo seu jeito acomodado.

Ficando ali aqueles dias eu agradeçi aos céus por Diego não ter se oferecido para or comigo. Por mais que fosse difícil acreditar que ele o faria, eu o conhecia e tinha certeza que ele iria sim. Eu não saberia encontrar uma forma educada de recusar.

No entanto, mandar Léo foi uma forma de dizer: eu não quero parecer chato mas quero garantir que fique bem.

Sorri com o pensamento.

Sem contar que eu jamais pediria aquilo. Diego já tinha deixado muitos assuntos de trabalho atrasado com a nossa pequena viagem.

A saudade começara a apertar, então me vi pegando o celular da bolsa e desbloqueando para lhe mandar mensagem. No entanto, antes de fazer, o aparelho começou a tocar e o nome dele apareceu fazendo com que um dos cantos da minha boca esticasse.

FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]Where stories live. Discover now