Como foi o Natal de vocês? Esse foi o segundo ano que passei realmente feliz; segundo natal com meu filhote. Curti com minha família, climinha de chuva, enfim...
Boa leitura.
DIEGO
— Por onde você andou? — Murmurei, ainda assustado, estava difícil até respirar — Fui ao inferno e voltei.
Ela estava agarrada a mim, tremendo inteira. O corpo chacoalhando tanto que eu tive medo por ela. Os soluços altos se perdiam na direção do vento um tanto forte.
Eu não sei definir o que senti quando Francine se jogou sobre mim, me apertando como se estivesse aliviada. Foi como se, de todas as pessoas, eu fosse a que ela queria, que se sentia protegida e acolhida.
Quis rir da idiotosse, da ilusão.
Fiz menção de tirar suas mãos do meu pescoço para que pudéssemos entrar no hotel, fugir da chuva, mas ela se negou, apertando-me ainda mais.
O que diabos havia acontecido com ela?
— Francine. — chamei — Anjo, precisamos entrar, você precisa se aquecer para não ficar doente.
— Eu... — soluçou alto. — Não consigo soltar. — disse baixo.
— Shhh. — Massageei suas costas em uma tentativa de acalmá-la. — Você está aqui agora, comigo. Nao vou deixá-la longe das minhas vistas, prometo.
Ela absorveu minhas palavras e eu senti quando se acalmou mais.
Nos levei para dentro do hotel, mas antes, dei sinal para o manobrista que logo entrou no carro e sumiu.
Quando a vi longe, correndo em desespero, eu não pensei em mais nada, nem no alívio que senti ao vê-la, nem no medo de alguém ter lhe feito alguma coisa, eu só a queria em meus braços, onde tinha certeza que a protegeria. Mesmo com a intensidade alarmante da chuva eu pude reconhecê-la pelo vestido.
Igor me ligou depois de alguns minutos que eu tinha ganhado a via. Ele tinha olhado as câmeras e a viu saindo logo quando desceu do quarto, então eu estava voltando rápido depois de procurá-la, para analisar com ele, era pressuposto que ela não tivesse ido muito longe.
No elevador, escondeu o rosto em meu peito, abracei-a apertado e descansei o queixo na cabeça molhada, sem saber o que dizer, o que perguntar.
Quando as portas de aço abriram, eu a levei para o meu quarto, a deixei sobre a cama e rumei ao banheiro.
Algo em meu peito apertando, cumprimindo por vê-la naquele estado. Queria trazê -la para meu colo, aninha-la e prometer que a protegeria de tudo.
Queria questionar também, saber o que havia acontecido. Mas dei-lhe tempo, não seria bom sobrecarregá-la de perguntas.
Liguei a torneira e deixei a banheira enchendo, voltei para o quarto. Francine estava com a sua atenção no braço, analizando enquanto tocava o local. Eu me aproximei, e quando fiz, senti o sangue esquentar fazendo com que a raiva surgisse com toda força.
— O que diabos aconteceu? — perguntei baixo, tentando inutilmente conter a ira, ela sobressaltou no lugar. — Alguém te fez algo Francine? — É claro que fez.
Por Deus se minha vontade era levá-la de volta para que me mostrasse quem havia sido, bem infantil e primitivo.
Minha mente montou a imagem dela sendo agredida por algum filho da puta.
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FRANCINE © - OGG 3 [COMPLETO]
RomanceLIVRO TRÊS DA SÉRIE OUSADAS GG Diego & Francine CONTEÚDO ADULTO! Em uma noite de bebedeira eu fui parar no quarto da cobertura de Diego Fontura; um negro lindo e gentil, dono de uma boate no centro de São Paulo. Acordando desorientada e sem saber pr...