União Vampiresca

Capítulo Trinta e Oito

Daniel vamps:

Despertei aos pulos, parecia que alguém estava perfurando meu crânio com uma furadeira e ainda cortando cada músculos do meu corpo.

Abriu um olho vendo que não era isso, era apenas o toque do telefone do Marshall. Desbloqueou a tela e o aproximou do ouvido.

— Oi! Megan — Falou para a amiga dele.

— Bom-dia, flor do dia – a voz dessa garota que trouxe de volta a furadeira.

— Que horas são? — Sussurrei para Marshall que afastou o celular da orelha.

— seis da noite — Ele disse e Colocou o celular de volta na orelha voltando para a sua conversa. — Ele falou que eu não contei nada para ele, Megan é a minha vida e não preciso contar tudo para vocês ou para o meu avô. Garanto que minha mãe está de acordo se faço isso ou não.

Me sentei na cama e logo voltei a me recostar. Já que no momento, não iria à parte alguma. Então fiquei vendo Marshall de controlar para não gritar com a amiga em pro a minha dor de cabeça.

— Não estou me sentindo muito bem – murmurei tentando outra vez me colocar na posição vertical, obrigando meu corpo a me manter reto. O quarto girava. Ainda estava bêbado pelo maldito tempero, a única coisa que me deixou de ressaca depois de muitos anos.

— Estou indo para a casa dele agora mesmo, para conversar e diga para o mesmo parar com esse melodrama. — Marshall disse que friamente e o seu lado da parte de um feérico frio apareceu, ele tinha uma aura raivosa ao seu redor.

Preciso ficar sóbrio, recuperar minha compostura e ir com ele, já que pelo visto seus amigos não aguentam mais ficar no escuro contra os segredos que o Marshall esconde e uma dessas coisas envolve a minha família e a toda a parte do seu lado materno e paterno.

Eu sei como o Juliano, o avô William e a Megan são pessoas importantes para o Marshall que as ama e se importa com eles mais que tudo. Mesmo que ele tinha uma expressão fria em seu rosto, a mão que segurava o telefone tremia um pouco.

Ele estava tomando uma decisão difícil para quais seriam as suas próximas palavras. Com um pouco de vontade apertei o braço dele, fazendo com que olhasse para mim.

— Chegou a hora de contar a verdade, não precisa esconder mais nada deles. — Sussurrei e ouvi o coração dele acelerar. — Se conheço essas pessoas nos últimos tempos posso dizer que não tem nada a temer para que esconda isso tudo.

Ele me olhou e soltou um suspiro, enquanto dizia para Megan que já estava indo. Desligou o telefone depois de duas tentativas, e fechou os olhos contando lentamente, então levantou e olhou para mim.

— Está apto para me levar? — perguntou calmamente.

Fiz um sinal positivo com o polegar, levantado vendo que meu corpo já estava um pouco melhor do que antes. Sorri para ele.

— Pronto para ir — Falei sorrindo enquanto o mesmo estendia a mão para mim.

— Estaria mentindo se Disse que não estou mais sei que é preciso fazer isso — Marshall falou estalando a língua.

************************

No trajeto até lá, Marshall estava ocupado digitando freneticamente mensagens em seu celular, tentando compor o texto perfeito para começar a conversa. Era evidente que ele estava se esforçando ao máximo, dada a quantidade de alterações que fazia a cada dez segundos. Era como se, ultimamente, Marshall estivesse obcecado pela perfeição, colocando uma pressão excessiva sobre si mesmo para se autocorrigir, não apenas no trabalho, mas também em casa, onde ele parecia incessantemente organizar as coisas, como se nunca tivesse feito o suficiente para acalmar sua mente.