Capítulo Vinte e Um

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Daniel vamps:

Após momentos de beijos intensos com Marshall, saboreando seu sabor e rindo das cócegas que eu fazia nele, um som de celular ecoou na sala, interrompendo nossa paixão. O som vinha do meu telefone, e num gesto ágil, me afastei de Marshall, deixando-o com uma expressão curiosa e um tanto dolorida enquanto se sentava na cama.

— Sim? – eu respondi, quase grunhindo. Ouvi risadas de fundo vindas de Marshall. A voz de Lilly do outro lado da linha explicou que deveríamos nos reunir em nossa casa em uma hora. Eu fiz questão de esclarecer: – Vamos nos encontrar em casa com você daqui a uma hora, Lilly. Marshall e eu estamos tendo uma conversa íntima.

Desliguei o telefone e o coloquei de volta no bolso da minha jaqueta. Virei-me para encarar Marshall, que me observava atentamente enquanto pegava minhas roupas que estavam no chão. Aquilo, de certa forma, me deixou desanimado.

— Pelo seu jeito de falar era algo importante, melhor irmos logo — Marshall falou e fiz biquinho. — Sem essa estou um pouco dolorido, vamos ver o que a sua irmã quer com você.

— Mais eu disse que chegaremos lá em uma hora, dá para transarmos novamente. — Falei e sua sobrancelha se levantou tão rápido com uma pergunta não dita em nosso meio. "Tem certeza que quer discutir sobre isso?" — Vamos então.

Ele levantou colocando sua roupas e fiz o mesmo, me aproximei segurando sua cintura e apertando seu corpo contra o meu.

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Materializei-me na sala de estar de casa, e Marshall se afastou um pouco de mim, enquanto Ricky aparecia na sala vindo do quarto dele, com os cabelos desalinhados. Logo após, Tedy surgiu, acompanhado por Nicolau, que usava um casaco negro longo por cima de sua roupa.

— O que a Lilly e o Geovane querem a essa hora? Eu estava ocupado com o Nicolau. Eles só me ligaram para que eu fosse buscar a Kit e a Kelsey. — Tedy expressou seu descontentamento.

— Estávamos apenas lendo um manuscrito que fiz na época da faculdade, não é nada importante — Nicolau comentou com um sorriso. — Marshall, ouvi falar da campanha de sua empresa e da comemoração de ontem.

— O banquete? — Kelsey perguntou, direta como sempre. — Imagino que seu avô tenha mostrado você e Juliano como o grande orgulho dele para os outros.

— Foi bem isso mesmo — Marshall respondeu, olhando para mim por alguns instantes.

— Vocês transaram, não é? — Ricky falou, sem rodeios. — Não precisa ficar envergonhado, Marshall. Dizer que você não sabe o que fazer na cama é mentira.

Como um raio, a faca de Marshall atingiu o olho de Ricky, que recuou surpreso. Um silêncio tenso se instaurou na sala. Eu segurei a mão de Marshall antes que ele pudesse atacar novamente, imaginando que seu arco poderia aparecer a qualquer momento.

— Sorte sua que foi apenas a faca e não uma de minhas flechas — Marshall resmungou enquanto se aproximava de Ricky e retirava a faca do olho dele. — Estou guardando esse momento para te acertar sem parar.

Foi a primeira vez desde que começou seu treinamento com seu pai que vi Marshall demonstrar tanta firmeza.

— Ricky, chega desse assunto. Não estou de bom humor. Cadê a Lilly e o Geovane? — Marshall perguntou, elevando a voz, e Lilly apareceu quase imediatamente. Fiquei surpreso ao notar que ela estava com as roupas em frangalhos, como se tivesse sido queimada.

— O David precisou da minha ajuda para controlar seus poderes, o maldito acabou me atingindo com uma bola de chamas. — Lilly explicou, olhando para suas roupas danificadas. — Eu odiava essas roupas de qualquer maneira, mas se não fosse vampira, estaria morta.

— Não fui eu quem te deu essas roupas. — Eu disse, estalando a língua. Lilly deu de ombros.

— Você costurou o tecido, e eu tive que refazê-lo para que servisse em mim. — Lilly respondeu antes de desaparecer e reaparecer usando uma jaqueta jeans e uma calça marrom. — Mas, enfim, chamei todos aqui porque o pai me pediu. Ele soube que o aniversário do David está chegando e quer fazer uma festa para que todos possam participar.

Meus irmãos soltaram alguns xingamentos baixos, enquanto Marshall me olhava com curiosidade.

— Nossa família não costuma comemorar aniversários por razões óbvias. — Expliquei para ele, que concordou com um aceno de cabeça. — Eu acho essa ideia bem estúpida, na verdade.

Marshall se afastou de mim quando uma escrivaninha foi arremessada na minha direção. Consegui desviar a tempo, e ao longe vi meu pai, que lançava objetos quando estava extremamente irritado.

— Respeite os desejos de seu pai de fazer algo para alegrar um garoto que não tinha ninguém ao seu lado. — Meu pai disse, olhando para a escrivaninha que havia arremessado. — Eu adorava aquela escrivaninha.

Eu permaneci em silêncio, assim como todos os outros na sala. Ricky segurou uma risada, com uma expressão que dizia claramente que eu era um completo idiota por ter expressado meus pensamentos em voz alta.

— É isso que acontece quando você não pensa antes de falar — Marshall disse baixinho ao meu ouvido.

— A festa será daqui a alguns dias, e isso me deixa com várias ideias para agradar um adolescente quase com dezessete anos — Meu pai disse, olhando ao redor. — Onde está o tio de vocês?

— Ele disse que estava indo ver algo na cidade. — Lilly respondeu, e logo após ouvimos uma explosão seguida dos xingamentos de David.

— Eles vão entrar aqui a qualquer momento. Pai, que tal fazermos isso em outro lugar? Se me conheço, você deve ter um enorme livro com ideias para festas de aniversário. — Lilly sugeriu, e meu pai ponderou a ideia antes de suspirar.

— Está bem — ele concordou, parecendo um pouco distraído. — Vão fazer o que precisam.

O pequeno grupo se dispersou, e eu puxei Marshall para perto de mim antes de nos materializarmos no meu quarto.

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Ele se sentou na cama e olhou ao redor com uma expressão surpresa.

— Finalmente, limpou esse lugar como ele merece ser cuidado. — Ele disse e olhei para sua direção chocado. — Convenhamos, você é bonito mas o seu quarto era um lixão.

Ele riu e o empurrou lentamente contra a cama, um sorriso brincalhão surgindo em minha face. Fui até seu pescoço e o beijei preguiçosamente. Prendia seu corpo contra o meu, contra cada ponto desejoso, um gemido escapou de seus lábios. Sentiu seu cheiro único ou que fazia meu corpo latejar, meus sentidos dizendo para que ficasse enlouquecido o tornando meu por inteiro novamente igual fiz na noite passada.

Ele deixou sair um gemido e isso já mostrou que meu pênis começou a dar sinal de vida dentro da minha calça. Marshall levou a mão até aquele local e apertou através do tecido.

— Ainda temos que fazer uma coisa. — ele falou tirando a mão. — Quero que me leve a um encontro super romântico, não vou ser tão fácil senhor.

Grunhi baixinho, frustrado e vendo como ele é cruel com a minha pessoa.

Levantei indo até o banheiro para cuidar disso ouvindo sua risada atrás de mim. 

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Gostaram?

Até a próxima 😘

União VampirescaWhere stories live. Discover now