Capítulo Vinte e Dois

1K 195 60
                                    

Daniel vamps:

Um encontro com o Marshall, esse pensamento pela primeira vez em anos me deixou completamente nervoso e ansioso. O levei para sua casa e contei as horas para o nosso encontro chegar. Tomei um banho super rápido e esperei enquanto escolhia as roupas.

Surgiu no seu apartamento no meio da sala, Ele estava lindo. Sua pele combinava bastante com a roupa que percebi ser a que comprei para ele.

Os olhos dele que me enquadraram estavam vivos com uma chama ávida surgindo neles.

Os lábios eram uma tentação para a minha pessoa que me contive, aquilo parecia que estava para ser chamado de Convite para que roubasse seus lábios. Se aproximou de mim e então me beijou com delicadeza, ouvi o cão latir atrás dele e ignorei a existência daquele ser do mau.

Em segundos saímos do seu apartamento, vou levar a um lugar que costumo ir bastante que é um clube demasiado concorrido, demasiado barulhento. Todos os que conheço são assim, mas tinha uma parte especial muito espaçosa para demasiados corpos, e a melhor coisa era fazer um encontro romântico e ser eu mesmo com meu lado sobrenatural.

Estávamos enfiados numa mesa estreita, nas traseiras, comprimidas um contra o outro debaixo de um toldo, me inclinando para a frente para ouvir a voz dele sobre um fundo de ruído olhando admirado para o local. Imagino como deve ser para ele, já trouxe muitos pretendentes mundanos ali, como forma de introduzi-los aos poucos em meu mundo por uma noite antes de faze-los esquecer o que aconteceu. Realmente sou um pouco idiota por pensar isso com Marshall a minha frente, pela primeira vez fiquei feliz que ele era um mestiço.

O Club/restaurante também tinha clientes mundanos, porém era mais frequentado por membros do Submundo; portanto, os feitiços eram utilizados, contudo em proporções menores.

Havia uma grande estrela grafitada obscurecendo a placa.

— Daniel vamps! — Rhage disse, ele é o dono, ao se aproximar da nossa mesa e olhar para Marshall. — Você trouxe outro amante para cá? Faz um tempo que não vejo isso acontecer. — se aproximou de Marshall que em segundos estava com a faca na mão. — É alguém amante novo, já pensou em dividir?

— Não, mestiço de feérico — Marshall respondeu rispidamente. — Se fizer algo em falso cortarei sua garganta.

Era notório que aquele lobisomem usava sua aparência de forma implacável com qualquer pessoa para seduzir, era a sua maneira favorita de se acalmar era com uma companhia ou quem sabe até duas. Se sexo fosse uma droga, Rhage seria um grande viciado.

— Estamos aqui socialmente — respondi. Levantou as mãos, até às do Marshall abaixando a sua faca. — Juro que ele é muito coisa para o seu caminhãozinho. Só viemos para conversar e comer, como duas pessoas em um encontro romântico de verdade.

Rhage jogou a cabeça para trás gargalhando.

— Você está em um encontro romântico? Isso é difícil de se imaginar — Rhage disse me fazendo apertar a mão de Marshall para que não levantasse para socar o outro e enfiar uma faca na sua garganta.

Rhage se afastou rápido ainda rindo e só vi o arco do Marshall surgir apontando para aquela direção.

— Só um pouco e acabo com ele — Marshall falou e olhou para mim, o arco voltou a ser uma pulseira e ele se sentou novamente. — Se ele vier incomodar ainda mais a noite, ele vai perder uma das mãos.

Isso me fez rir.

— Rhage é um cara legal, só tem problema em pensar em sexo vinte quatro horas por dia. — Falei e em seu rosto surgiu uma pergunta: "como um cara desses é o dono de um clube/restaurante?". — Ele é muito bom em administração.

Vejo que foi um erro ter trazido ele para esse lugar.

Um garçom lobisomem com uma expressão que indicava tédio, veio na nossa direção.

— Olá, meu nome é Erik e serei seu garçom hoje. — Falou passando os cardápios. — Eu conheço você! — Falou para Marshall. — Trabalha naquela empresa de tecnologia, ontem meio que te vi no banquete de comemoração. Não sabia que você conhece o submundo.

Marshall sorriu.

— Sou um mestiço — Marshall disse e olhou para o cardápio pedindo a comida para nós e Bebidas.

O garçom se retirou. Marshall olhou para o lugar vendo que as pessoas estavam olhando para a direção da porta.

— Só pode estar brincando com a minha cara — Resmungando juntos a ver quem passou pela entrada. Vapa Kraesel sorriu para a nossa direção.

— O que ele está fazendo aqui? — Perguntei em voz baixa quando vapa surgiu se apoiando em nossa mesa.

— Vejo que está em um encontro romântico, sortudo. — Vapa falou. — Já eu estou em meu dia de folga depois de muito tempo, quero dizer ainda faço parte da caçada selvagem e só tenho um dia para me divertir.

Marshall olhou para ele que sorriu, indo até um grupo de pessoas se divertindo bastante. Quando a comida chegou, havia carne vermelha dourada na manteiga, doro wat, um ensopado apimentado de cebola vermelha, purê de lentilhas e couve, tudo isso em um pão etíope grosso conhecido como injera. Macarrão que estava com um cheiro Divino.

— Quando comi etíope pela primeira vez, foi para a melhor comida que já comi. — Marshall falou se servindo um pouco de penne arrabiat. — Sabe eu sempre quis te perguntar algo, você já viajou pelo mundo.

— Teve um tempo que fiquei na França mas não era de ficar muito tempo longe de casa. — Falei e isso arrancou uma risada dele. — Antes eu era assim.

— É difícil de pensar em você como alguém caseiro — Ele deu voz aos seus pensamentos enquanto pegava a minha mão apertando com firmeza.

*************************

Não consigo recordar cada segundo da minha vida, mas, nessa noite, os momentos parecem escoar-se todos juntos.

O tempo deslizava enquanto íamos de Club em Club, com a happy hour a dar lugar a mais comida e depois a bebidas tardias, e, sempre que chegavam ao ponto em que a lua estava no topo mais alto do Céu.

Nossas mãos nunca se separaram enquanto andávamos pela rua, Passados tantos anos, já havia aceitado a questão do tempo. Pensando que ambos nós nos tornamos pacificados com o mesmo ou ambos terem encontrado uma forma de coexistir, não como amigos, de todo, mas pelo menos já não como inimigos.

Minha mente parecia que por esse momento o tempo desistiu de me amolar, deixando aproveitar a companhia de Marshall. O levei de volta para seu quarto, com ele fechando a porta e me beijando.

Nossa roupas foram ao chão, fiz com que ele deitasse na cama me enterrando dentro dele. Metendo contra sua parte mais profunda. Um grito escapou de seus lábios, ele tremia segurando o lençol.

Esfregue contra sua bunda tremendo. Foi tão bom que ele apertou meu pênis dentro dele e senti demais o prazer me surgindo deixando minha cabeça nebulosa e minha visão piscava. Agarrei sua mão o beijando.

Pressionei com força e mais uma vez seus olhos estavam se revirando de prazer, a força deixou seu corpo. Beijei suas bochechas e as bordas dos seus olhos. Com a sensação suave dos meus lábios, mordisquei sua orelha.

Marshall fechou os olhos começando a dormir e me deitei ao seu lado puxando o mesmo para ficar colado com o meu corpo, sua cabeça em cima do meu peitoral.

Beijei seus cabelos, fechando os meus olhos para dormir também. 

___________________________________

Gostaram?

Até a próxima 😘

União VampirescaWhere stories live. Discover now