Capítulo Nove

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Marshall aldrin:

Na madrugada seguinte, enquanto os primeiros raios de luz começavam a surgir no horizonte, senti uma sensação única de liberdade que há muito tempo não experimentava. Lilly havia me explicado que, quando alguém começa a treinar e se conecta verdadeiramente com seu corpo e armas, isso pode proporcionar uma sensação de liberdade como nenhuma outra.

Enquanto observava a faca reluzente em minha mão, refleti sobre como a simples sensação do peso e do equilíbrio dela me fazia sentir mais vivo do que nunca. Ao meu lado, a pulseira mágica se transformava em um arco, completo com suas flechas prontas para serem disparadas. Era uma sensação quase mágica ter essas habilidades sobrenaturais à minha disposição.

Na noite anterior, quando Lilly me conduziu até essas armas, a empolgação que eu sentia era inegável. Parecia que eu estava abraçando um novo aspecto de mim mesmo, uma faceta que estava escondida durante toda a minha vida até agora. O pensamento de que eu poderia me tornar alguém capaz de enfrentar os desafios do submundo com confiança e destemor era empolgante.

Enquanto saía de casa para encontrar Lilly naquela madrugada, meu coração estava leve, e um sorriso amplo adornava meu rosto. O mundo sobrenatural que antes me assustava e confundia agora se desdobrava à minha frente como um território a ser explorado. Era como se eu estivesse começando uma nova jornada, e a sensação de liberdade que essa ideia me proporcionava era simplesmente revigorante.

***********************

Chegamos à casa de Lilly e seguimos diretamente para o jardim, onde encontramos apenas nós quatro: Lilly, seu pai, Ricky e Tedy. Os outros membros da família estavam ocupados com diversas tarefas na cidade, gostando de se misturar com os mundanos. Exceto por ontem, quando decidiram passar um tempo com seus namorados, eu não havia visto nenhum deles por perto, especialmente Daniel. Lilly me contou que Daniel era do tipo que se envolvia com qualquer pessoa sem pensar duas vezes e depois fazia com que todos esquecessem o ocorrido.

Toquei a pulseira mágica, fazendo com que o arco e a flecha aparecessem em minhas mãos. Eu estava pronto, olhando para Ricky, que exibia um sorriso cheio de presas, pronto para o combate.

— Só peguei leve com você da última vez por causa da ajuda ao meu irmão e porque meu namorado estava assistindo. — Ricky provocou enquanto mostrava suas garras. — Dessa vez, não vou deixar que me ataque tão facilmente.

Ricky avançou com as garras afiadas e um rosnado ameaçador, e eu preparei minhas armas. Mas, no final, a vitória foi minha. Venci em questão de segundos.

Derrotei Ricky em três competições consecutivas. Na verdade, eu já esperava esse resultado. Todas as vezes que lutamos até agora, saí vitorioso. Então, por que provocá-lo? Simplesmente porque queria punir aquele homem cheio de orgulho. Enquanto ele jazia derrotado no chão, amarrado pelas cordas encantadas das minhas flechas, olhei para ele com uma expressão de superioridade.

— Eu me pergunto o quão forte você ficaria depois de olhar para o seu rosto orgulhoso antes da nossa luta, mas agora nesta situação, minhas expectativas foram completas. Talvez você deva treinar um pouco mais? — Falei, estalando a língua.

Quando finalmente me afastei de Ricky, que me encarava com frustração, vi Lilly rindo escandalosamente.

— Eu vivi para ver alguém derrotar Ricky dessa forma várias vezes em um curto espaço de tempo. — Ela comentou, fazendo uma reverência teatral. — Marshall, você acaba de subir ainda mais no meu conceito.

Ri com seu comentário enquanto ela me mostrava a hora no celular.

— É melhor irmos. — Falei enquanto meu arco voltava à forma da pulseira de sempre e a faca se transformava novamente em um pequeno anel. — Até amanhã, Ricky.

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