Marshall Aldrin:
Fiquei encarando a janela por um tempo, esperando que Daniel retornasse, mas nada aconteceu. Finalmente, decidi descer para a sala e assistir à televisão com minha mãe e Tony. Conversamos um pouco, tentando descontrair, até que eles decidiram ir dormir.
Depois que eles se recolheram, voltei ao meu quarto e me deitei na cama, pensando nos eventos recentes e nas palavras trocadas com Daniel. O quarto estava silencioso, apenas o suave zumbido da noite lá fora. Fiquei ali, com meus pensamentos, até que o sono finalmente me envolveu.
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No meu sonho, a escuridão era opressiva, mas aos poucos uma luz fraca começou a emergir, moldando o mundo ao meu redor. A luz parecia irradiar de uma única fonte, e quando ela se fortaleceu, percebi imediatamente que era Daniel. No entanto, não conseguia ver seu rosto, apenas suas costas enquanto ele se afastava, deixando-me para trás na escuridão.
Por mais rápido que eu corresse em sua direção, minhas pernas pareciam pesadas como chumbo, e eu não conseguia alcançá-lo. Meus gritos de desespero se perdiam na escuridão, e ele permanecia inatingível, sem se virar para olhar para trás. A sensação de impotência me envolvia enquanto eu tentava desesperadamente alcançar a única luz em meio à escuridão.
Acordei perturbado no meio da noite, e o sono fugiu de mim como se eu estivesse sendo perseguido por sombras. Não consegui fechar os olhos novamente, e o tempo parecia se arrastar em uma eternidade inquietante. No restante da noite, aquele mesmo sonho assombrou meu sono, sempre com Daniel à distância, inalcançável e fugidio.
Eu me debatia nos lençóis, ele permanecia à margem da minha consciência, uma presença inatingível e misteriosa. O dia seguinte, carregado de tensão e perturbação, parecia uma extensão dos meus pesadelos noturnos, deixando-me com a sensação de que algo sombrio estava à espreita, pronto para se revelar.
— O que foi, querido? — minha mãe perguntou com preocupação evidente assim que ela se aproximou. — Você parece tão abatido.
— Não é nada, mãe. Apenas um pesadelo — respondi bocejando, esfregando os olhos cansados.
— Se quiser, posso preparar uma xícara bem forte de café para você — Tony sugeriu, com um sorriso gentil enquanto estendia a chaleira de café na minha direção. — Ou talvez algo para ajudá-lo a dormir um pouco mais.
— Estou bem, realmente. Obrigado, Tony — recusei, tentando afastar a sensação incômoda do meu sonho perturbador.
Minha mãe colocou a mão no meu ombro e olhou-me com carinho.
— Se precisar conversar sobre o pesadelo ou qualquer outra coisa, estaremos aqui, querido. — Minha mãe falou.
Assenti, grato pela preocupação deles. Com um último bocejo, me levantei da mesa e me preparei para enfrentar o dia, mesmo que a noite turbulenta ainda pairasse em minha mente.
O cão-fada latiu alto que fez com que levasse um susto quando ele passou por mim e minha mãe jogou um pedaço de panqueca para ele.
— Aqui está Utily — Minha mãe disse e fez uma expressão pensativa. — O que será que cães-fadas comem?
— Deve ser raça, teve sorte que comprei uma ontem a noite — Tony disse e ouvi ele abrir um saco de ração e colocou em uma vasilha que segundos Utily estava resmungando e apontou para um copo d'água. — Quer que eu misture?
O cão latiu e Tony fez isso, depois ouvi ele mastigando alegremente a ração úmida e outro pedaço de panqueca.
— Até que ele é fofinho — Minha mãe disse e Utily parou de comer e ficou parado no lugar. — O que você quer?
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União Vampiresca
RomanceEm um antigo clã de vampiros que só conseguem sobreviver do sangue de uma pessoa escolhida para ser sua companheira, caso contrário terá um prazo limite pra continuar sua vida normal, podendo sugar o sangue de varias pessoas, tipo pessoas que não qu...